Páginas de papel magnético...

6 de junho de 2012

Eu não quebro meus acordos - parte 10

Bateram na porta do meu quarto. Antonieta abriu a porta e se deparou com Louis que fez um aceno de cabeça pra ela sair e ela se foi, mas antes de fechar a porta me lançou um olhar carinhoso e risonho.
Sentei na cama, para não dançar de alegria, pois meu coração está dançando um tango delirante; joguei-me pra trás no colchão macio e alto da minha cama de lençol floral e travesseiros de tons azuis. O calor do que eu quase fizera ainda percorre pelo meu corpo e mesmo eu estando um pouco triste por ele ter ido embora, uma alegria quer saltar do meu peito e rir como uma louca, pois definitivamente eu realmente não sou normal.
-O luar está tão esplêndido, não acha papai? -. Sorri-lhe tão feliz que o desapontamento que estava em seus olhos desaparecera, ele olhou pro céu através da grande janela e sorriu ao ver a lua.
-É está realmente esplêndido... Marc, diga-me a verdade, o que vocês fizeram enquanto estavam na biblioteca? -. Louis estava ansioso pela resposta, que até sentou-se ao meu lado, tratei logo de ficar sentada, mas não consegui esconder o calor excitado que ainda sinto.
-Nos apenas nos tocamos e, nos beijamos- Falei abaixando o olhar pro chão, para lembrar dos detalhes sórdidos e prazerosos -Nada mais aconteceu além disso-. Encarei-o e ele fixou os olhos em mim e suspirou aliviado, mas não sorriu como eu esperava.
-Por que ele pode tocá-la e eu não? O que ele tem que eu não tenho? Diga-me e eu darei um jeito de mudar! -. Ele me ama tanto assim? Para mudar? Mas, e Charllote? Ele talvez nem deve se lembrar que tem uma linda esposa o esperando acordada.
-Gosto do senhor Henry, talvez seja por isso que eu o deixei me tocar-. O triste olhar que ele me lançou, decepou toda alegria que eu estou sentido. Até por que ele ainda é meu pai adotivo e vê-lo triste por minha causa é tão ruim e sufocante.
-Marc o que tenho que fazer pra ter seu amor só pra mim? Não quero que ninguém mais a toque, quero você só pra mim! -. Ele me abraçou forte, mas de forma carinhosa, que me fez relaxar o corpo e apenas sentir seu calor e seu corpo de encontro ao meu, ele aproximou o rosto do meu e olhou em meus olhos ainda com aquela pergunta, então eu respondi:
-Quero levar Antonieta comigo nas viagens, pois ela agora é minha protegida. E quero que fale com mamãe sobre esse assunto-. Ele sorriu e continuou me abraçando carinhosamente que até parece ser um pai normal. O bom é que será fácil pra ele conseguir o que eu quero.
-Mesmo que Charllote não deixe, minha permissão vale mais que a dela, por isso poderá levar Antonieta em todas as nossas viagens. E como selamento do nosso acordo eu quero um beijo-. Desvencilhei-me de seus braços, ele meio que se assustou achando que eu fugiria, mas eu apenas fiz isso para ajoelhar em cima da cama bem na sua frente, para ficar mais confortável. Ele segurou meu delicado rosto redondo e pálido e beijou meu lábio ainda um pouco avermelhado pelos beijos de Henry; o acordo foi selado, mas ele desceu as mãos pelo meu pescoço, meu ombro e meus braços, até chegar a minha cintura. Ele agarrou-me pela cintura e fez-me sentar em sua masculinidade, já um pouco intumescida; olhei-o meio assustada, mas eu já fiz isso, então por que eu estou assustada? Por que fechei os olhos? Por que estou tão nervosa e envergonhada? Talvez seja pelo fato dele ser o único homem que eu conheço como meu pai, ou, eu simplesmente tenho uma personalidade dupla.
-Não feche as pálpebras Marc, deixe-me olhar nesse céu azul que são seus olhos e ver se, estão tão felizes quanto os meus! - Quando ele viu meus olhos percebeu que eu estou assustada, como uma criança perdida em meio a uma multidão. Louis sorriu meigamente para mim e me abraçou, permite-me abraçar ele também -Não fique assustada, querida Marc-. Há algo nesses olhos que me deixam calma e ao mesmo tempo ansiosa.
-Não se preocupe se estou feliz ou não, pois você já está me dando algo que eu quero, agora é minha vez de lhe dar tudo o que quiser de mim! -. Ele ia questionar-me, mas beijei-lhe o pescoço, fazendo-o engolir em seco e deixando-o mais excitado, posso vê-lo sorrindo e mordendo o lábio inferior, beijei novamente e ''algo'' se endurece, mais, no meio de suas pernas. Fitei-lhe os olhos azuis como os meus, estão alegres e brilhantes; beijei suavemente seus lábios e deixei me levar por suas mãos quentes e grandes, que me tiraram o vestido. Mas tudo que ele pretendia fazer comigo foi interrompido, pois Antonieta bateu na porta e disse:
-Desculpe-me senhorita Marc, mas a senhora Charllote está me perguntando onde está o senhor Louis, o que eu devo dizer a ela? -. Louis me olhou triste, mas ainda sorridente afagou o rosto no meio dos meus seios medianos, cobertos apenas pelo sutiã preto com arabescos dourados, levantei seu rosto e sorri-lhe docemente como uma boa filha normal faria.
-Quero que deixe-a feliz, deixando-a feliz eu também ficarei feliz, entendeu papai? -. Louis me olhou surpreso e triste, pois sabe que eu não gosto dele, não do modo como ele quer e a notícia de Charllote o estar procurando me deixou um pouco aliviada e mais sorridente, e ele notou isso logo que Antonieta anunciou, e está meio desapontado comigo, mas ainda há o nosso acordo e ele sabe que não irei quebrá-lo.
-Terei que entender de qualquer forma, não e mesmo? - Assenti que sim com um sorrisinho convencido no rosto -E por favor, não me chame mais de ''papai'' enquanto estivermos sozinhos ou isso lhe custará trinta beijos aonde eu quiser, entendeu? -. Ele sorri maliciosamente enquanto se ''endireita'', por assim dizer. Seus olhos ainda percorrem o meu corpo coberto apenas pelas roupas íntimas, mas ao invés deu observá-lo se arrumar, eu deitei corretamente na cama a espera do sono. Louis debruçou sobre a cama, aproximou o rosto do meu e sussurrou em meu ouvido:
-Eu te amo minha querida Marc! -. Suas palavras me soaram tão sinceras que eu quis olhar em seus olhos pra ver se estão mesmo falando a verdade. Virei-me e vi que realmente estão; sorri timidamente por isso. E antes dele ir, ele roubou-me um delicioso beijo, sorriu feliz e foi para seu quarto.

 

-Onde você estava? Bernard foi embora faz muito tempo, e você sumiu logo em seguida, como pode me deixar aqui, plantada te esperando? -. Tirei o terno, os sapatos e respirei fundo para não falar de modo grosseiro com Charllote.
-Eu estava tomando uns drinks na adega, me desculpe Charllote, só quis ficar um pouco sozinho-. Ela me encarou séria, meio em dúvida, mas depois entrou no seu closet e começou a se despir com a porta aberta; eu posso jurar que Charllote parece uma deusa, com os cabelos castanhos escuros caindo-lhe sobre as costas nuas, a pele com um suave e natural bronzeado e seu perfume delirante que até me fez fechar os olhos de desejo. As curvas perfeitas daquele corpo quente que a muito tempo me fizeram sucumbir de paixão e devaneios sexuais, mas agora apenas me deixam perplexo e confuso. Charllote é um modelo de esposa perfeita, mas talvez isso a faça ser mais fria comigo. Ela pode até me amar muito como disse Marc, mas eu não consigo mais amá-la, desde que perdera nosso primeiro filho.
Ela percebeu meu olhar admirador e sorriu, sabe que ainda tem um certo controle sobre mim, mas o está perdendo para Marc, para minha doce Marc Farell. Ahhh! Como eu gostaria de estar sozinho no mundo apenas com Marc aconchegada em meus braços a sorrir feliz, mas ela ainda teme Charllote, sabe que não é certo roubar o marido de outra mulher, ainda mais quando esta é Charllote, mas não a nada, nem ninguém que me faça mudar o que sinto por Marc.
Charllote até tentou me seduzir naquela noite, mas fingi estar cansado e dormi pensando em Marc.




Nenhum comentário:

Postar um comentário