Páginas de papel magnético...

19 de agosto de 2014

Minha elfa gostosa se chama Antonieta - parte 15

Entramos caladas dentro de casa e só quando chegamos ao segundo andar na ala dos quartos nos olhamos em dúvida. Mas eu logo tive uma ideia.
-Quer tomar banho comigo, Antonieta? -. Ela olhou pra trás e para todos os lados possíveis, só para não ter que me encarar, pois tenho certeza que achou que eu me esqueceria da nossa tão audaciosa aventura na praia, mas eu não sou muito boa em esquecer momentos como aquele.
-Eu não acho uma boa ideia... -.
-Pois eu acho e quero muito fazer isso, novamente-. Sorri deliciando-me cada vez mais com o constrangimento de Antonieta, que por fim assentiu que sim e me acompanhou silenciosamente até meu quarto, onde depois de entrarmos, acabei por trancar a porta, pois não será nenhum pouco conveniente alguém entrar aqui enquanto estivermos fazendo sabe-se lá o que, não é mesmo?
Antonieta deixou a cesta no chão ao lado da porta, hesitante como de costume e tão vermelha quanto uma maçã. O jeito inocente dela me deixa tão excitada que agora eu começo a entender como Louis se sente quando está comigo, pois perto dele eu tento me transformar na pessoa mais inocente do mundo. Mas na verdade eu estou manipulando tudo de uma maneira diferente e muito arriscada.
-Posso tirar sua roupa? Ou você quer fazer um strip-tease pra mim? – Antonieta me olhou com os olhos arregalados e engoliu em seco, me fazendo rir – Só estou brincando com você! Venha, vamos tomar banho-. Acho que a fiz ruborizar ainda mais, mas eu gosto de vê-la ruborizada, pois evidencia suas sardas claras e deixa sua pele quente como um vulcão.
Estendi a mão para ela, que segurou hesitante na minha eu até a senti tremer. Sorri tentando passar mais confiança a ela e acho que funcionou, pois ela me encarou com seus grandes olhos verdes e sorriu timidamente, mas sorriu.
Entramos no enorme banheiro do meu quarto, este tem o estilo todo vitoriano e clássico, não que eu goste muito deste estilo, como Charlote. Soltei a mão dela e comecei a tirar meu vestido amarelo praiano, que eu havia colocado antes de chegar perto de casa e depois meu biquíni azul caribenho. Posso ver que Antonieta está me observando e mordendo o lábio inferior, então acabei de tirar o biquíni sem delongas e totalmente nua e sem pelos, pois sempre que posso dou um jeito de ir a uma especialista em depilação; me aproximei de Antonieta que até tentou fixar olhar no meu, mas não conseguiu e acabou dando uma avaliada no meu corpo mais parecido com o de uma garota de dezesseis do que com o de uma garota de quatorze.
-E então? O que acha? -. Ela me olhou estupefata, abriu a boca para falar, mas logo a fechou sem dizer nada. Sorri pegando as barras da sua túnica curta e branca, levantei sedutoramente sua túnica, fazendo questão de passar a ponta dos dedos na sua coxa grossa e e macia, depois no seu quadril um pouco largo, na sua cintura fina e nas curvas laterais dos seus grandes seios de mulher adulta. Ela levantou os braços e me ajudou a tirar a sua túnica pela cabeça, já que eu não sou da sua altura. Mas deitada nossa altura não faz diferença alguma.
-Eu acho você gostosa também, Marc-. A respiração acelerada e a hesitação em falar dela me demonstrou que ela fez um enorme esforço para quebrar a casca de timidez que a envolve, o que é muito bom. Sorri maliciosamente pelo elogio que ela me fez e resolvi agradecer e premia-la pelo esforço que está fazendo para não ser tão tímida comigo. Fiquei na ponta dos pés para alcançar os lábios dela, mas no caminho ela curvou-se um pouco para me dar total acesso ao seu doce lábio avermelhado de tanto ser mordido. Enfiei a língua dentro da boca dela e explorei cada canto desta, até Antonieta se afastar para recuperar o fôlego, sorri envergonhada, pois eu só perco o fôlego com Louis.
-Obrigada pelo elogio! Eu gostaria de saber se posso chamá-la de ‘‘elfa gostosa’’ -. Antonieta riu e pareceu abaixar a guarda e deixar a timidez de lado, me deixando imensamente alegre e orgulhosa, me sinto mais como sua mãe do que como sua amiga.
-Mas é claro que pode, mesmo eu não tento orelhas pontudas-. Rimos animadas e descontraídas, mas então eu dei um susto em Antonieta ao soltar os laços da parte de baixo do seu biquíni e puxá-lo, causando uma leve fricção em sua vagina. Joguei-o no chão e prensei Antonieta na parede ao lado da porta, e enfiei a minha perna direita dobrada no meio das suas e rocei levemente a sua vagina com meu joelho, fazendo-a abrir a boca para respirar melhor, sorri e continuei roçando o joelho em sua feminilidade enquanto tiro a parte de cima do seu biquíni. Joguei-o no chão, como a outra parte e usufrui da bela imagem dos seios grandes da minha elfa gostosa. Abaixei minha perna direita e segurei a mão de Antonieta, para leva-la para debaixo do chuveiro, aonde iremos nos divertir um pouco mais.
Abri as duas torneiras da parede, uma de água fria e a outra de água quente. As regularizei numa temperatura amena e convidativa para um bom banho.
-Molhe-se primeiro para eu poder ensaboa-la com um desses cheirosos sabonetes líquidos- Antonieta cautelosamente postou-se debaixo da água corrente do chuveiro e ficou parada ali, deixando ser lavada pela água translucida. Observei-a por mais alguns segundos e então peguei uma bucha fofa e rosa de uma prateleira de acrílico que está presa na parede as minhas costas; peguei também um frasco do tamanho da minha mão, contendo sabonete líquido com cheiro de cereja e chocolate. Molhei a bucha e exprime o frasco em cima desta, coloquei o frasco de volta na prateleira. E com a mão direita fechei as torneiras – Quer que eu comece pela parte da frente do seu corpo ou pela detrás? -. Fiquei fazendo espuma na esponja, enquanto Antonieta me olha ainda com certo pudor, sorri pacientemente a espera da resposta, pois não irei fazer nada sem que ela realmente diga que quer que eu faça.
-Pela detrás, por favor-. Dessa vez ela não hesitou em dizer o que quer.
Estou começando a desconfiar de que Antonieta tem uma personalidade forte e decidida, talvez a está escondendo de mim, com receio que eu a ache despudorada ou coisa do tipo.
-Vire-se e puxe o cabelo para frente. Não quero ensaboá-lo com sabão líquido-. Ela enrolou o cabelo num rabo de cavalo e o colocou pra frente; virou-se de costas pra mim dando-me o prazer de admirar suas nádegas firmes e redondas. Ah! E suas encantadoras sardas, que descem pelos seus ombros estreitos até o começo de seu bumbum.
Posicionei-me atrás dela e comecei a passar a bucha pelos seus ombros, esfregando muito gentilmente, para não causar-lhe nenhum desconforto. O que eu sinceramente acho estar tendo um efeito bem diferente de qualquer tipo de desconforto. Pelo simples fato dela estar ofegante com as mãos na parede e mais quieta que o normal. Desci a bucha pelo meio das suas costas a fazendo arquejar pra frente; esfreguei mais um pouco suas costas e então passei a esfregar sua nádega esquerda e depois à direita e então no meio destas até sua feminilidade.
-Ahhh! Marc, isso é tão embaraçoso- Sorri maliciosamente ao vê-la me olhar por sobre o ombro, totalmente corada de vergonha e excitação. Aproximei-me mais do seu corpo e fiquei na ponta dos pés para beijar-lhe a bochecha direita, enquanto passo a bucha rosa pelo lado direito da sua cintura até a sua vagina. Comecei a esfrega-la vagarosamente e então parei para passar a bucha da mão direita para a esquerda. Com a mão direita livre comecei a acariciar lhe o clitóris – Achei que fossemos tomar banho, Marc-. Ela novamente me olhou por sobre o ombro, com os lábios avermelhados entreabertos; aquele olhar verde e tão vivo, me deixou louca de vontade de vê-lo sucumbir de prazer sexual.
-Um banho a dois só é divertido se você ‘‘brincar’’ com sua parceira. Neste caso você é minha parceira e eu quero muito brincar com você, mas só brincarei se você realmente quiser. E então você quer? -. Ela balançou a cabeça que sim rapidamente e desviou o olhar para o azulejo bege na parede a sua frente; eu gostaria de olhar-lhe o rosto enquanto dou-lhe o mais puro prazer, mas o que eu vou fazer agora não me permite olhá-lo, pois é preciso que ela continue de costas pra mim.
Continuei acariciando seu clitóris e sutilmente, sem assusta-la passei a bucha pela sua barriga reta até seu seio esquerdo e comecei a esfrega-lo totalmente e depois somente o mamilo. Antonieta já não consegue mais conter os gemidos de prazer, dando-me o prazer de ouvir sua doce voz gemer por causa das minhas mãos. Entre os seus gemidos eu posso ouvir nitidamente meu nome ser pronunciado roucamente. O que está me deixando muito excitada.
Parei de acariciar seu clitóris e desci a mão até a entrada de sua molhada vagina. Gentilmente e bem devagarzinho introduzi o dedo indicador na sua ‘‘caverna’’ quentinha e molhada. Antonieta encostou a cabeça na parede e começou a respirar pela boca, como se respirar apenas pelo nariz não basta para levar ar aos pulmões. Acariciei seu ponto ‘‘G’’ e a ouvi arfar e soltar um gemido lânguido e tão sensual aos meus ouvidos que eu acariciei ainda mais seu ponto ‘‘G’’. Ela empinou a bunda na minha direção e eu me posicionei bem atrás dela, para que sua bunda roce em mim enquanto ela se movimenta de prazer.
Retirei o dedo indicador de dentro dela, somente para esfrega-lo no meu dedo do meio e enfiar os dois, com o maior cuidado para não machuca-la; ela gemeu alto e disse meu nome completo. Beijei suas costas e comecei a movimentar os dedos dentro dela. E depois como um pênis, comecei a tira-los e a enfia-los juntos e separados, para dar-lhe o máximo de prazer. Diminuindo e aumentando o ritmo diversas vezes.
-Marc... Eu... Eu... Vou... -. Aumentei o ritmo dos movimentos e aproximei o rosto o mais perto do seu.
-Diga! -. Ela me olhou por sobre o ombro, os olhos marejados de volúpia e prazer. Ela está tão suada e vermelha que realmente se parece com uma elfa para mim.
-Eu vou gozar... Ahhh!- Senti um líquido viscoso escorrer pelos meus dedos até minha mão, retirei-me de dentro dela e olhei o líquido meio esbranquiçado nos meus dedos e na minha mão. Ela se virou pra mim e ficou ainda mais vermelha ao ver seu orgasmo em minha mão – Marc... -. Enfiei os dois dedos que eu havia enfiado dentro dela, dentro da boca e os chupei vigorosamente, como se fosse um pênis que havia entrado em erupção, o gosto do seu orgasmo me deixou excitada e com muita fome, de sexo. Antonieta arregalou os olhos e entreabriu os lábios como se fosse dizer algo, mas não disse então eu novamente me aproximei dela, ainda me deliciando com seu orgasmo em meus dedos. Seus olhos seguem o movimento de entra e sai dos meus dedos, o que a deixa parecida com uma criança curiosa e ao mesmo tempo surpresa. Tirei os dedos da boca e sorri maliciosamente para Antonieta, que continua me olhando surpresa, dei uma leve risadinha que a fez corar de vergonha.
-Você é linda, minha elfa, ainda mais com as bochechas coradas! – Ela riu envergonhada e de súbito, sem que eu esperasse me beijou os lábios como fez da primeira vez, quando estávamos na praia. Afastou um pouco o rosto do meu e ficou me olhando nos olhos, sorri erguendo os lábios em direção aos seus, para dar-lhe todo acesso de que precise. Ela novamente pressionou os lábios nos meus e então depois de alguns segundos pareceu encher-se de coragem para invadir minha boca com sua língua quente e suculenta, não dei resistência alguma a ela; deixei-a brincar com minha língua e com os meus lábios. Eu sinceramente achei que Antonieta fosse inexperiente neste quesito, mas pelo visto eu me enganei, pois ela sabe muito bem comandar um beijo. Mas será que sabe comandar o ‘‘sexo’’? Ou seja, a minha vagina? Ela parou de me beijar e sorriu envergonhada – Nossa! Você beija muito bem, parece até ter tido aulas particulares de como beijar-. Rimos animadamente da minha piada e abrimos as torneiras para terminar de tomar banho, desta vez um banho normal de duas amigas íntimas.

Antonieta depois de tomar banho comigo resolveu ir descansar um pouco no seu quarto antes de descermos para jantar. Eu não fiz objeção sobre isso, até por que eu também estou cansada. Deitei na cama, me cobri com um fino lençol de seda lilás e logo peguei no sono.


Bati na porta do quarto dela, mas ela não respondeu então eu entrei, pois a porta está destrancada. Olhei ao redor para ver se Louis não está aqui e então fechei a porta sem fazer barulho, para não acordá-la. Aproximei da cama e admirei Marc Farell dormindo tranquilamente na enorme cama de casal, gostaria de deixa-la assim, dormindo. Mas sua mãe quer vê-la antes do jantar ficar pronto. Pensei em chama-la, mas tive uma ideia melhor. Puxei o lençol fino de seda lilás do seu corpo e subi na cama como uma verdadeira gata faria e me posicionei no lado vago na cama, inclinei-me perto do seu rosto e lhe beijei a bochecha direita, ela sorriu, mas não pareceu estar começando a despertar, então eu beijei a ponta do seu nariz, ela balançou a cabeça rindo, mas ainda dormindo e com certeza sonhando. Inclinei-me novamente e beijei seus lábios, ela abriu os dela e eu acabei aprofundando o beijo que era para ser apenas um selinho. Eu me afastei para buscar mais ar e Marc disse:
-Por que se afastou Louis? – Olhei-a e percebi que ainda está dormindo e sonhando com Louis, fiquei um pouco magoada e com os olhos cheios de lágrimas, mas não as deixei sair, pois Marc começou a acordar. Sai da cama rapidamente e fui para perto da porta, fingir que estou chegando agora. Ela me olhou sorridente e com uma cara de sono, esticou-se como uma gatinha manhosa e então se sentou. Aproximei-me novamente e sentei na beirada da cama e um pouco longe dela – Boa noite, minha elfa gostosa! – Sorri envergonhada e já começando a corar por causa do apelido íntimo que ela me deu; não que eu não goste, é que é íntimo demais para ser dito assim... – Não acredito que ainda está tímida comigo – Ela se aproximou de mim engatinhando e então se sentou na minha frente sorrindo como se minha presença é tudo que lhe importa agora – Nossa! Você está cheirando a chocolate e cereja, que vontade de come-la – Ela fez uma cara de quem está com muita fome e lambeu os lábios, me deixando mais envergonhada ainda, pois eu sei muito bem como ela quer me comer. Ela aproximou o rosto do meu pescoço e começou a beijá-lo com tanto veemência que me fez perder o fôlego e ter que abrir a boca para respirar melhor – É realmente muito saborosa-. Ela tirou os lábios do meu pescoço e começou a beijar meu lábio, como se fosse alguma comida, me afastei para respirar e também por que me lembrei do por que de estar aqui.
-Marc, sua mãe quer vê-la antes do jantar, numa sala chamada de ‘‘verde esmeralda’’-. Ela me olhou séria e meio nervosa, pensei que brigaria comigo por não ter dito assim que acordou, mas não.
-Bom, acho melhor eu ver o que ela quer, depois nos encontramos para o jantar- Marc se levantou, me roubou um selinho e foi em direção ao closet, mas antes de entrar se virou e disse maliciosamente – Ahh! E não se esqueça de que vai dormir comigo hoje à noite! -. Ruborizei intensamente ao me lembrar do que ela havia me prometido na praia, achei que ela nem se lembrasse destas coisas, mas pelo visto ela tem uma memória muito boa.
Levantei da cama e sai do quarto de Marc indo em direção ao meu, assim que cheguei ao meu quarto liguei para o último número que havia me ligado. Charllote atendeu, disse-lhe que Marc estava se arrumando para logo em seguida ir vê-la, por incrível que pareça ela me agradeceu por ter avisado a sua filha.


Coloquei uma calça de brim em estilo boca de sino, preta, por mais incrível que pareça eu tenho algumas calças e esta é minha favorita, coloquei uma blusa em estilo mulet de seda estampada com flores de lótus num galho e coloquei uma botinha vermelha escura de cano curto com spikes dourados nas laterais. Prendi o cabelo num rabo de cavalo desgrenhado e resolvi não passar nenhuma maquiagem, só para deixar Charllote com inveja da minha pele perfeita.
Cheguei até a sala ‘’verde esmeralda’’ e entrei já que as portas duplas brancas estão totalmente abertas.
-Que bom que veio-. Vovô, quer dizer Victoria falou com uma ironia que me fez assentir educadamente e sorrir polidamente sem demonstrar minha vontade de lhe responder a altura. Charllote apontou uma cadeira em frente a sua mesa branca de escritório, em estilo vitoriano, é claro, como todo o resto dos móveis presentes nesta sala; sentei na cadeira mais parecida com uma obra de arte de museu.
-Já está sabendo da minha festa no final do mês, não é mesmo? – Assenti que sim olhando diretamente nos olhos cinza claros dela, ela rapidamente desviou o olhar para algo qualquer em cima da sua mesa e depois me encarou, tentando parecer mais ‘’poderosa’’ diante de mim; o que quase me fez rir – Quero que você e Antonieta sejam as minhas ‘‘recepcionistas’’, por assim dizer. Vocês ficarão encarregadas de receber, entreter e acompanhar os meus amigos casados e solteiros com mais de quarenta e cinco anos-. Assenti que sim mesmo sabendo que ela não quer uma resposta, que só está apenas me avisando sobre que eu farei. Bom ao menos Antonieta estará comigo, isso já me ajuda bastante, mesmo ela nunca tendo estado neste tipo de festa, ainda sim me servirá como companhia.
-Não tem ai uma lista com o nome deles pra mim e Antonieta já irmos decorando? - Ela tirou um papel de dentro da gaveta e colocou sobe a mesa na minha frente, o peguei e comecei a ler os nomes, foi quando li Henry Bernard. Olhei Charllote que continua com seu olhar e postura altivos – Henry estará aqui? -.
-Sim, pois sei que ele gosta bastante de você e acho que você também não lhe é indiferente, não é mesmo? -. Sorri meio envergonha, lembrar dele me faz tão bem e me deixa com calor.
-É eu não sou... -.
-Mandou me chamar, Charllote? – Droga! Será que ele ouviu? – Ah! Desculpem-me interromper a conversa... -. Charllote ficou de pé rapidamente, mesmo estando em um vestido justíssimo de cor roxa escura e estilo moderno e decotado. Ela foi se encontrar com Louis que parou a certa distância de sua ‘‘mesa’’.
-Não se preocupe não interrompeu nada! – Charllote alegremente o segurou pela mão e o fez sentar na cadeira ao meu lado e voltou ao seu posto, quer dizer ''poltrona reluzente de rainha''. Louis olhou-me de soslaio e sorriu como um pai atencioso – Querido, eu quero que você fique encarregado de recepcionar as minhas amigas solteiras-. Charllote não fez uma pergunta de fato, até por que tudo o que ela diz geralmente é mais uma ordem ou um aviso do que deve ser feito, como se só ela pudesse mandar. Coitada, nem sabe que o homem ao meu lado que ela tanto diz amar, me obedece tão bem quanto um cachorrinho adestrado.
-Como quiser, mas se Jacqueline ficar bêbada eu não me encarregarei dela, pois da última vez aquela sua amiga tentou me atacar, por sorte desmaiou de tão bêbada que estava-. Ri junto com Louis, eu me lembro daquela mulher bêbada, saiu até numa revista de fofocas. Charllote fechou a cara bem maquiada, o que nos fez parar de rir, ela realmente não gosta de pagar vexame e olha que aquele foi muito bem noticiado pela mídia que ela tanto ama.
-Ela não está na lista- Charllote tirou outro papel de dentro da gaveta e entregou a Louis, pra ele ela faz questão de entregar na mão. Louis apenas deu uma olhadela rápida no papel e sorriu galante para Charllote, que parece ter se ‘‘derretido’’ dentro do vestido de marca – Bem obrigado por aceitarem me ajudar- Olhei pra Louis que também me olhou igualmente surpreso, Charllote não é de agradecer, o que será que está acontecendo com ela? – Se quiserem podem ir para sala oval, o jantar já está pronto. E não precisam esperar por mim e por mamãe, temos que terminar de organizar a festa-. Eu e Louis concordamos com ela ainda meio incrédulos pela mudança repentina de Charllote. Pedimos licença, nos levantamos e saímos.
No corredor andando ao lado dele fiquei meio tensa, pois estar sozinha com ele não é mais ‘‘seguro’’.
-Espero que ela esteja tomando os remédios- Louis disse isso vagamente e depois me olhou, percebendo que eu estava prestando atenção –Isso não é muito importante, mas Charllote fica meio estranha quando não toma seus remédios. Mudemos de assunto, posso ver sua lista? -. Eu deveria tê-la dobrado e enfiado dentro de um dos meus bolsos, mas não tive outra opção a não ser entrega-la a ele. Ele pegou o papel de carta da minha mão e leu atentamente, mas parou de andar assim que leu o nome de Henry. Seu olhar sobre mim foi de irritação pura, não que esteja irritado comigo, mas com Henry e talvez com Charllote por tê-lo convidado especialmente para mim.
-Você pediu para ela convidá-lo? - Ele balançou o papel diante dos meus olhos, me mostrando o nome de Henry; peguei o papel para não correr o risco de ele rasgá-lo. Balancei a cabeça que não olhando diretamente em seus olhos azuis, que parecem estar queimando de fúria –Não quero que se aproxime dele, a não ser que tenha outras pessoas ao redor. Não quero que fique sozinha com ele em hipótese alguma ou haverá consequências! -. Arregalei os olhos de espanto com o ataque repentino dele, o pior é que ele pareceu estar falando muito seriamente.
-Louis acalme-se! Eu não tenho mais nada com ele-.
-Então por que disse a Charllote que não é indiferente a ele!? -. Ele está se controlando para não gritar, mas eu não posso me dar ao luxo de correr esse tipo de risco, pois ainda estamos muito próximos da sala de Charllote. Olhei ao redor e vi uma porta no final de outro corredor em que estamos próximos, segurei a mão dele e o puxei para aquele cômodo. Fechei a porta ao entrarmos e encostei-me a porta, para ganhar tempo para pensar. Louis está andando de um lado para o outro esperando pela resposta e ainda furioso por causa de Henry.
-Por que era isso que ela queria ouvir ou queria que eu dissesse que tenho um caso com o marido dela? O que você acha, em? -. Olhei atentamente nos olhos dele, ele deu de ombros, mas virou-se de costas pra mim. Homens! São todos muito infantis e ciumentos demais, pelo amor de Deus! Dobrei a maldita lista com o nome dos convidados homens e guardei no bolso direito e traseiro da minha calça. Desencostei da porta e fui em direção a ele, o abracei pelas costas e encostei a face nela, posso até ouvir as batidas agitadas do seu coração.
-Perdoe-me por ficar tão alterado, mas você sabe como eu fico quando se trata de você- Sussurrei ‘’eu sei’’ e me soltei dele. Ele se virou e segurou-me pelos ombros; suas mãos acariciaram a seda da minha blusa e então lentamente desceram pelos meus braços até suas mãos estarem segurando as minhas com tanto cuidado e afeto que me fizeram ficar ruborizada e meio sorridente por ele me tratar com tanto amor, um amor que talvez eu não saiba retribuir – Ah! Marc eu te amo tanto, mais tanto, que... -. Ele me olhou, a face meio arrependida e triste, mas não terminou a frase, o que me deixou curiosa. Será que ele teria coragem de se divorciar de Charllote para ficar comigo?
-Vai me beijar agora? – Ele sorriu meio agradecido por eu não o tê-lo questionado e se curvou um pouco para me dar acesso aos seus lábios, fiquei na ponta dos pés para alcança-lo e então devorar aquela bela e sensual boca que ele tem. Passei os braços em torno do seu pescoço e senti seus braços se envolverem em torno da minha cintura fina. Ele acariciou as minhas costas com a ponta dos dedos, me fazendo arrepiar e arquejar em sua direção, mas então eu parei de beijá-lo para poder retomar o fôlego – Nossa! Estou morrendo de fome, que tal irmos jantar? E depois quem sabe... -. Segurei-o pela lapela do paletó cinza escuro ao dizer a última frase e mordi o lábio para dar ênfase ao que eu quero fazer com ele depois do jantar. Ele sorriu parecendo adorar a minha ideia erótica e proibida.
-Por mim tudo bem, mas depois eu quero você só pra mim-. Sorri gostando da ideia e me lembrando de que prometi a Antonieta que ela dormirá comigo está noite. Bem, a noite é grande, então terei bastante tempo para os dois! Louis e eu nos beijamos mais uma vez e então saímos do cômodo que me pareceu ser um daqueles quartos de guardar coisas que não se usa mais. Mas antes de ir para a sala oval, fui buscar Antonieta para jantar com a gente.

Depois do jantar tive que dizer a Antonieta que tinha que fazer algumas coisas antes de dormir e que se ela quisesse já poderia ir para eu quarto me esperar lá; ela muito ruborizada respondeu que iria me esperar em meu quarto. Dei-lhe um beijo na bochecha antes de ir para o quarto de Louis, gostaria de ter lhe dado um beijo bem demorado e de língua, mas estávamos em um dos corredores da mansão e eu não podia correr o risco de alguém nos ver.

 

Eu realmente não sou normal - parte14

Parei de beijar sua virilha e comecei a fazer uma trilha de beijos em sua pele bem depilada até chegar ao seu ''pontinho do prazer'' ou seja seu clitóris. Comecei lambendo-o e depois a dar rápidas chupadas. Com as mãos livres acariciei seus lábios vaginais, mas sem penetrar-lhe. Antonieta está se contorcendo de prazer e já não tem mais nenhuma vergonha de gemer loucamente.
-AHHH... Farell! Eu... Eu vou... Explodir! -. Ela gozou e eu lambi seu doce e inebriante gozo, limpei os cantos dos lábios olhando-a de forma sexy e excitada. Ela olhou para cima satisfeita, suada e sorridente como uma criança que acabou de ganhar um presente. Deitei-me sobre ela e abri as pernas, deixando-as uma de cada lado de sua cintura, que mesmo sendo mais velha que eu, tem uma estatura não tão alta, o que me ajuda e muito.
-Você gostou, Antonieta? -. Ela olhou-me, posso ver o prazer e a satisfação brilhando em seus olhos verdes e redondos.
-Esse é o segundo melhor momento da minha vida! Pois o primeiro foi ter te conhecido! -. Queria poder sentir o mesmo que ela, mas meu melhor momento foi ao lado de Louis e isso nem mesmo Charllote pode mudar.
-Fico muito feliz de você se sentir bem-. Aproximei o rosto do seu e lhe beijei os lábios avermelhados de tanto serem mordidos por ela mesma, deixei minha língua brincar com a dela, enquanto minha mão desce sorrateiramente pelo seu corpo em direção a sua feminilidade.
-Marc! Onde você está?! -. Sai de cima dela e fiquei em pé, já que ainda estou vestida com meu biquíni azul caribenho de alguma grife da qual não me interessa o nome.
-Oi, papai! -. Gritei e caminhei apressadamente até onde ele está, para dar tempo a Antonieta para ela se recompor, ainda bem que ele está bem longe, se não daria para vê-la nua e muito satisfeita.
-Eu não te vi na praia, pensei que estivesse afogado e por pouco eu não chamo a polícia e quem mais necessitasse para achá-la -. Segurei a mão dele e o fiz dar meia volta comigo, para assim ficar de costas para onde Antonieta está.
-Não deve se preocupar tanto comigo, Louis, pois senão vai ficar com os cabelos brancos e eu não quero ver seu belo cabelo loiro escuro ficar branco tão rapidamente. Agora venha vamos nadar ou será que está sem tempo para nadar comigo? -. Ele acariciou meu rosto e me puxou para mais perto de seu corpo, vestido apenas por uma bermuda de cor palha de linho dobrada no joelho e uma blusa branca de mangas curtas de linho.
-Eu sempre terei tempo para você, Marc Farell- Ele sorriu, entreabriu os lábios sedutoramente e me deu um beijo de língua possessivo e amoroso como de um namorado do colegial, li isso num livro e achei interessante. Parei de beijá-lo para respirar e aproveitei para olhar ao redor, mais precisamente para onde está Antonieta, minha elfa gostosa. Mas não a vi, o que significa que ela ou está envergonhada ou ainda está se recompondo, mas não importa continuarei dando cobertura a ela o tempo que precisar.
-E então vamos? -. Louis segurou minha mão direita e beijou os nos desta, me deixando um pouco ruborizada, pois eu sei o que isso significa. E prefiro não pensar muito nisso.
-Vamos! -. Deixei-o passar o braço esquerdo sobre meus ombros e me guiar em direção à praia. A brisa litorânea me inundou os pulmões e acho que inundou os de Louis também, pois o vi soltar o ar calmamente e sorrir feito um bobo feliz e totalmente despreocupado. Nem parece ser o homem de negócios que eu costumo ver sempre, tão formal e controlado, tão monótono como Charlote gosta. Ele percebeu meu olhar sobre si e sorriu ainda mais. E que sorriso mais belo e sincero, queria que ele só sorrisse assim para mim, pois assim eu poderei pensar que ele realmente não é meu pai, mas sim meu amante apaixonado.
-Você fica lindo vestido de roupas informais. Queria que se vestisse assim mais vezes-. Acho que Louis adorou o meu elogio e quis agradecer de alguma forma, pois me soltou e começou a se despir bem na minha frente; mesmo sabendo que ele só vai ficar de sunga e não pelado, eu não consigo respirar normalmente e minha garganta está seca, me fazendo engolir em seco repetidas vezes com a imagem bela dele tirando a blusa e colocando de lado na areia branca da nossa praia particular. O pior é que ele percebeu que está me seduzindo e agora mais do que nunca está fazendo isso de propósito, pelo simples prazer de me seduzir. Só que eu não vou deixar isso barato, não mesmo.
Cheguei mais perto dele, antes que ele pudesse alcançar o botão da bermuda e passei a ponta dos dedos no seu abdômen sarado e desci calmamente, fazendo-o rir de prazer, em direção ao botão da sua bermuda. Desabotoei o botão e muito, muito sedutoramente e lentamente abri o zíper de sua bermuda; fiz questão de fixar o olhar no seu e pelo visto ele também fez questão de fixar no meu. Enquanto olhamos nos olhos um do outro, enfiei os polegares nas laterais da bermuda dele e comecei a puxá-la para baixo, com um cuidado extra para não puxar sua sunga e deixá-lo pelado, mas bem que eu gostaria de fazer isso.
-Você fica linda sem roupa alguma! – Sorri fazendo um biquinho pra ele e acabei de puxar sua bermuda pra baixo, ele acabou de tirá-la e a deixou perto da blusa, que está na areia – Não faça esse biquinho para mim, Marc Farell, ou serei obrigado a beijá-lo, entendeu bem? - Ahh! Então é assim não é. Aproximei o rosto ao dele e fiz o biquinho, mas antes dele me beijar eu me esquivei rapidamente e fiquei atrás dele. Ele se virou com uma cara de zanga risonha e começou a correr atrás de mim, que não sou tão rápida assim e acabei sendo enlaçada pelas costas, pelos fortes braços de Louis – Sua malandrinha! Quero que fique sabendo que eu sou bem mais rápido que você e que vai ser impossível você fugir de mim-. Ele me virou de frente pra ele e me prensou contra seu corpo definido e sem nenhum pelo. E calmamente me beijou, a princípio devagar, mas quando eu passei os braços em torno do seu pescoço para ter estabilidade, ele aprofundou o beijo, me fazendo sentir toda sua boca na minha. Quente, deliciosamente sedutora, mas eu tive que me afastar para respirar ou acabaria desmaiando.
-Que tal nadarmos antes que anoiteça? -. Perguntei apenas para fazê-lo desviar a atenção dos meus lábios, funcionou por algumas frações de segundos até ele me pegar no colo. Eu não estava esperando por isso e acabei gritando de surpresa, Louis começou a rir e a correr em direção ao mar comigo em seus braços.
Ele não me jogou dentro da água, ainda bem, mas ao se jogar me levou junto e mesmo depois de emergir continuou me segurando firmemente em seus braços e eu continuei com os braços frouxamente envoltos em seu pescoço.
-Faz tanto tempo que não fazíamos isso- Louis está sorrindo de orelha a orelha como um adolescente rebelde, cheio de vitalidade e energia de sobra, o que me deixa feliz, pois eu adoro ver as pessoas ao meu redor felizes e de bem com suas vidas. E Louis é a principal pessoa que eu gosto de ver feliz – Deveríamos ter feito isso mais vezes; bom, ao menos agora temos essa chance. E o melhor é que podemos incrementar algumas outras coisas que aprendemos nesses dias, não é mesmo? -. Ahñ?
-Como assim? Coisas que aprendemos nesses dias? -. Ele me soltou e eu comecei a boiar como ele já estava fazendo. Ele me virou de costas para si e me fez colar as costas no seu corpo. Só o deixei fazer isso, pois não há ninguém na praia que possa nos denunciar.
-Quer mesmo saber? -. Balancei a cabeça que sim e pude senti-lo sorrir perto do meu pescoço, antes dele me beijar neste ponto tão sensível em mim. Louis continuou me beijando o pescoço enquanto enfia os braços por baixo das minhas axilas e posiciona as mãos por baixo da parte de cima do meu biquíni. E então começa a torturar meus mamilos já tesos de desejo, ele os aperta, passa somente a ponta dos seus dedos sobre eles e faz um movimento de fricção que me deixa muito excitada; ele faz isso lentamente e depois mais rapidamente, e quando eu fico a ponto de ter uma explosão de orgasmos ele parece saber apenas pelos meus gemidos e minha respiração acelerada e para. E então começa a me torturar de novo com seus movimentos prazerosos, mas desta vez eu resolvi falar.
-Por favor... Louis... Pa-pai... Pare de me torturar... E... Ahhh! ... – Eu não consegui terminar de formular a frase, pois minha voz sumiu entre meus gemidos excitados, pois Louis enfiou a mão direita na parte de baixo do meu biquíni azul caribenho e começou a acariciar meu clitóris com tanta maestria que me levou ao meu primeiro orgasmo – Enfia os dedos na minha vulva, Louis- Fiquei envergonhada de dizer ‘‘boceta’’, então optei por um nome mais científico. Ele entendeu prontamente o que eu quis dizer e desceu os dedos lentamente até a minha ‘‘entrada’’ e enfiou o dedo indicador gentilmente em mim, não me causando nenhum tipo de sensação ruim, mas um monte de sensações boas e libidinosas das quais eu jamais deveria ter com ele, só que eu estou tendo e estou gemendo indecorosamente por causa disso. Ele achou meu ponto G e começou a acaricia-lo lentamente e então rodou o dedo dentro de mim, mas então o tirou, eu ia questioná-lo pelo por que dele se retirar de mim, quando ele novamente enfiou o dedo em mim, mas desta vez está mais grosso, o que quer dizer que há dois dedos dentro de mim, me dando um prazer tão torpe e delicioso, que me faz esquecer até do meu nome – Movimente-os rapidamente dentro de mim e me faça gozar, Louis-.
-Com todo o prazer do mundo, Marc-. E foi o que ele fez, me fez ter não apenas um orgasmo, mas vários em sucessões sucessivas. Depois desse ato fiquei com mais vontade ainda de ter mais orgasmos múltiplos e de também dar muito prazer ao meu amante, então eu me virei de frente pra ele e mergulhei de olhos abertos para abaixar sua sunga verde escura. Sorri dentro da água ao ver sua ereção e emergi logo em seguida.
-Será que ainda temos tempo para mais um round? -. Sorri maliciosamente e tive minha pergunta respondida pelos lábios saborosos de Louis Skywell Momtriz colados aos meus, me beijando calorosamente. Ele passou as mãos nas minhas costas e me puxou para mais perto da sua ereção, a senti colada no meu biquíni e não perdi mais tempo usufruindo o momento. Puxei um dos lados do meu biquíni, deixando minha vagina bem exposta para poder se encontrar com ‘‘ele’’. Passei o braço esquerdo no ombro dele e segurei seu pênis com a mão direita e o guiei até minha entrada, ele movimentou-se para cima e enfiou todo seu pau pra dentro de mim, me fazendo quase gritar de prazer. Ele segurou minhas nádegas e dessa forma começou a me movimentar para cima e para baixo, me penetrando cada vez mais fundo, se é que isso é possível, mas com o tamanho do pênis dele eu não duvido de nada.
Quando chegamos ao ápice do nosso prazer ou da nossa loucura, eu acabei por arquear o corpo pra trás de tanto prazer que eu senti. Louis por sua vez, sorri de orelha a orelha e me olha carinhosamente. Depois ele saiu de dentro de mim e arrumou a sunga e eu arrumei a parte debaixo do meu biquíni; ele beijou-me demoradamente e com tanto carinho e apreço que me deixou ruborizada de vergonha, pois ao tentar fazer meu joguinho de sedução acabei seduzida mais uma vez, primeiro por Antonieta e agora por Louis.
-Acho melhor sairmos da água ou viraremos uvas passas- Louis riu junto comigo pela minha frase, mas entendeu o que eu quis dizer, pois nadou calado ao meu lado de volta para a areia. Sentamos um ao lado do outro na areia sem dizer nada até que percebi – Eu disse que viraríamos uvas passas. Olha meus dedos! -. Mostrei meus dedos a ele que sorriu e segurou minhas mãos entre as suas. Seu olhar se prendeu no meu e ao olhar naquele azul piscina dos seus olhos, eu percebi o que ele diria a seguir.
-Eu te amo, Marc Farell e sempre vou amar, e não importa o que aconteça eu sempre vou te amar-. Sustentei seu olhar, mas não consegui sustentar um sorriso nos lábios. Posso ter vários defeitos, mas um deles eu faço questão de não ter que é a falsidade, às vezes posso ser falsa, mas só faço isso para me proteger ou para ter o que eu quero. E agora eu não quero nada e não preciso me proteger de nada.
-Marc? -. A voz suave e baixa de Antonieta me fez virar imediatamente a cabeça para olhá-la. Ela colocou a túnica curta de praia branca que compramos em uma das várias lojas em que entramos e como eu havia dito a ela, ficou realmente perfeita nela.
-Oi, Antonieta! – Fiz um sinal pra ela com o dedo indicador, para esperar só um segundo e ela assentiu que sim e virou-se de costas para mim. Segurei no braço direito de Louis e coloquei o queixo no seu ombro, ele me olhou sorridente e eu retribui o sorriso – Se não se importar eu vou ir para casa agora com Antonieta, pois estou exausta e com fome-. Ele me questionou com os olhos e eu assenti entendendo o que ele queria perguntar.
-Bom, então depois nos vemos, tudo bem? -. Assenti que sim aproximando os lábios do dele e lhe dando um selinho, desprovido de qualquer malicia para não provocá-lo.
-Até mais tarde, papai-. Levantei e fui em direção a Antonieta que ainda está de costas segurando nossa cesta de piquenique, passei a mão por dentro do seu braço e a puxei para mais perto de mim; meu simples gesto de amizade a deixou ruborizada como uma maçã, o que me deu vontade de mordê-la, mas eu não posso fazer isso aqui, não enquanto Louis estiver com o olhar cravado em minha pessoa ou na minha bunda, não sei ao certo.


24 de março de 2014

O que eu estou fazendo? - Parte 13

Não houve mais nenhum incidente até a chegada de Charllote e de Victoria no dia seguinte. Mas pela madrugada eu e Antonieta fomos até a cozinha e ao passar em frente ao escritório de papai, ouvimos ele e Charllote discutirem a respeito de sua demora, sobre vovó e sobre fidelidade no casamento, nessa parte da discussão fiz questão de seguir meu caminho, pois de ''certa forma'' isto é minha culpa.

-Bom dia meninas! - Ele nos saudou com animação e nos respondemos em coro -Bom dia Charllote, senhora Victoria-. Charllote nem ouviu, pois estava absorta olhando um catálogo de móveis antigos e tão caros quanto um carro de luxo.
-Quantas vezes terei que pedir para que não me chame de ''senhora''? Você sabe muito bem que este termo é para pessoas decadentes e ... -. Victoria só parou de falar quando sua filha lhe pediu opinião sobre um móvel; papai se sentiu aliviado e me olhou com os olhos alegres e famintos, por assim dizer.
MEU DEUS! Tem alguém passando a ponta dos dedos do pé na minha perna e está subindo, em direção a minha... É tão excitante, mas tenho que controlar as expressões faciais ou quem está fazendo isso descobrirá que estou me sucumbindo com essa carícia, tão deliciosa e sensual, [ah,ah], como eu gostaria de gemer alto. Mas eu não posso continuar aqui, ou irei...
-Deem-me licença, preciso estudar-. Levantei-me e sai apressadamente da sala de refeições, Antonieta veio logo em seguida, parecia preocupada e envergonhada, suas mãos parecem trêmulas e seu rosto está corado e com gotículas de suor o que deixa suas poucas sardas em evidência. Será que ela seria capaz de fazer aquilo comigo? Eu acho que não.


Mais tarde, enquanto eu estou tocando o piano que está no meu quarto, estou me desconcentrando de minuto em minuto pensando no que aconteceu no café da manhã, como alguém pode fazer aquilo comigo, ao redor de várias pessoas? E se alguém percebesse! Seria o meu fim.
-Concentre-se ou nunca chegará as grandes óperas de música clássica- Virei rapidamente para ver Louis parado no soleira da porta, ele sorriu e começou a se aproximar -Levante-se, por favor, minha pequena Marc- Levantei e ele se sentou e me conduziu a sentar nas suas pernas -Você se lembra de quando começou a tocar? - Assenti que sim, todas as lembranças vieram à tona em minha cabeça -Seus dedos eram pequenos demais, então eu colocava suas mãos em cima das minhas e enquanto eu tocava, você pressionava a ponta dos dedos nas juntas dos meus dedos. Ficávamos tão extasiados com a música que nunca ouvíamos Charllote gritar pela gente-. Sorri sem que ele percebesse, aqueles foram meus melhores momentos, era tudo tão inocente e simples!
-Papai, por que não pede o divórcio a Charllote? -. Levantei-me para olhar em seus olhos e comprovar se será sincero comigo.
-Não vou falar sobre isso, não é necessário-. Ele ficou cabisbaixa e não me olhou nos olhos. O que me dá certa certeza de que ele tem mais medo de Charllote do que eu podia imaginar. Fiquei um pouco irritada com isso e com ele e simplesmente não quero mais ficar perto dele, ao menos não agora.
-Venha Antonieta, vamos nadar! -. Olhei para Louis, que continuava cabisbaixa e silencioso. Depois olhei para Antonieta que já está perto da porta me esperando, fui em direção a Antonieta, mas quando íamos sair ele disse:
-Me perdoe... -. Dei as costas a ele e sai de mãos dadas com Antonieta, não quero e nem necessito de seus perdões.



Estamos estiradas em uma grande toalha cheia de desenhos de flores, perto da praia onde há uma vegetação parecida com cevada só que verde; estamos nos secando ao sol e tudo está muito calmo, como eu sempre quis que estivesse. Apenas o barulho do mar quebra o silêncio pacífico que nos envolve e nos invade de uma maneira sem igual.
Antonieta suspirou como se sentisse culpada. Ela apoiou o cotovelo esquerdo na toalha e equilibrou a cabeça na mão, de modo que pode me olhar nos olhos, sem ficar ruborizada como das primeiras vezes em que fez isso. Sinto-me constrangida, pois ela está me olhando de uma forma diferente, está me avaliando como se esperasse um gesto meu para fazer alguma coisa, então eu sorri como sempre faço quando ficamos muito tempo em silêncio.
Ela inclinou-se sobre mim e depositou seus lábios nos meus, foi um beijo casto e rápido, mas me desconcertou por completa. Sentei a fim de colocar as ideias em ordem, mas acabei olhando pra ela por sobre o ombro, seus olhos verdes estão presos em mim, o que se passa neles é tão evidente, uma mistura de alegria e remorso pelo que acabou de fazer.
-Marc me desculpe, eu... Eu, eu não... Deveria... -.
-Você gosta de mim? -. Engatinhei até ela e novamente me sentei, só que bem na sua frente, onde posso ver de perto sua expressão e suas sardas, por incrível que pareça eu gostaria de ter sardas como as dela, assim eu iria parecer mais inocente do que realmente sou.
-Eu... Sim, eu gosto de você, mas... Mas não quero que goste de mim, apenas para não me decepcionar-. Ela abaixou a cabeça, mas eu coloquei o dedão e o dedo indicador em seu queixo e levantei seu rosto gentilmente para que ela me olhe nos olhos, novamente sorri, mas meu sorriso saiu tremulo e hesitante.
Quero com todo meu coração e meu ser, que algum dia eu seja perdoada por fazer o que eu irei fazer.
-Eu realmente gosto de você Antonieta, e se me deixar eu posso gostar de uma forma mais profunda ainda-. Soltei seu queixo e lhe acariciei o rosto, até tirar uma mexa alaranjada de cabelo da frente do seu olho, ela ruborizou e sorriu, apaixonada, percebo eu.
Eu não devo fazer isso com ela, mas eu também não quero magoá-la, não mesmo!
Aproximei meu rosto do seu, até nossos lábios se encontrarem, novamente. Invadi sua boca com minha língua e ela me retribuiu com a sua. Sua boca tem um sabor tão doce, que me despertou e me incentivou a fazer algo ousado.
Enfiei minha mão direita por baixo do seu biquíni e encontrei seu seio grande e farto de mulher madura, acariciei seu mamilo direito já teso, Antonieta parou de me beijar, encostou a testa na minha e começou a gemer baixinho com meu toque. Fiquei com vontade de dar-lhe mais prazer então a fiz deitar carinhosamente na toalha de flores. Ela mais parece uma elfa suada, excitada e ruborizada, o que me deixa de certa forma excitada também, mesmo eu não sendo lésbica.
-Por favor, não... Não pare!... - Um meio sorriso formou-se em meu lábio, que gratificante saber que ela quer mais. Desamarrei a parte superior de seu biquíni e o deixei em cima das nossas toalhas de praia. Sua respiração acelerada faz seus seios subirem e descerem, tão redondos e empinados, lambi meus lábios de pura luxúria e sem demorar mais nenhum segundo tomei seu mamilo direito em minha boca, e suguei-o -Ahhh!!! -. Ela geme com a respiração acelerada pela excitação, isso me excita tanto. Dei leves mordidinhas e puxadas rápidas naquele pontinho macio e alaranjado, ela gemeu alto, totalmente desinibida de vergonha, esse seu ato me deu mais coragem e excitação para continuar a tortura prazerosa. Desci minha mão por sua barriga definida até o começo do seu biquíni de baixo, rocei os dedos lentamente sobre seu ventre e pude senti-la arrepiar, fiz esse movimento até chegar na lateral do seu corpo, onde se encontra a amarração do seu biquíni verde, desamarrei o pequeno laço, fiz o mesmo com o laço do outro lado e então tirei esse pequeno triângulo de pano da sua feminilidade.
-Você é tão linda Antonieta! Se parece com uma elfa, só que sem orelhas pontudas e muito mais gostosa! - Confesso que nem eu mesma me conheço agora, mas o que eu estou dizendo não é mentira, Antonieta realmente é gostosa e está me deixando de um jeito delirante e diferente, ela sorriu com meu comentário e acabou fechando as pernas de vergonha -Por que está com vergonha de mim? Já não fizemos o bastante para você deixar de ser tímida comigo? -. Ela passou a língua nos lábios antes de falar, isso me deixou pulsante ''lá embaixo'' e com uma vontade enorme de beijá-la, mas me contive, primeiro quero ouvir sua resposta.
-Desculpe-me, mas é que eu nunca fiz isso antes e também nunca fui chamada de linda ou de gostosa isso me deixa constrangida vindo de você! -. Ela sorri tão envergonhada e ao mesmo tempo tão sedutora, que nem sabe o efeito que isso está fazendo em mim agora.
-Você é muito ''gostosa'' , Antonieta- Brinquei com as palavras de modo que eu a deixei roçando as pernas dobradas, na minha frente, sorri maliciosamente e beijei seu joelho -Vamos, abra-as para mim, por favor- Fiz beicinho como uma criança que quer algo, mas ela apenas sorriu e não abriu as pernas -Se você abri-las para mim... - Passei o dedo indicador entre seus joelhos fazendo-a morder o lábio inferior e me deixando mais excitada -Eu deixarei você dormir na minha cama! -. Continuei roçando o dedo entre seus joelhos até ela decidir afastar as pernas para mim, percebi que ela, assim que abria as pernas, olhava para o céu, mas não para mim, então resolvi chamar sua atenção de uma maneira audaciosa.
Comecei beijando a aparte interna da sua coxa direita e então desci cada vez mais para perto do seu sexo, parei em sua virilha e comecei a lambe-la de tal forma que ela regozijou-se sobre a toalha floral.
-Ahhh! Isso é tão bom! -. Ela suga e morde os próprios de lábios de tão excitada que está ficando e olha que eu nem comecei de verdade.

1 de janeiro de 2013

Novo presente! - parte 12

Estamos andando, tranquilas por entre as flores e os capins altos, que mais parecem cevada ainda verde. O mar está logo a nossa frente, a brisa está fresca e agradável, fazendo nossos cabelos esvoaçarem por estarem soltos.
Os olhos de Antonieta parecem brilhar com tanta beleza a sua volta e isso a deixa tão bonita, na verdade ela já era, mas com a minha ajuda e de alguns especialistas de beleza ela está ainda mais linda.
-A senhorita está bem? -. Olhei-a com um falso sorriso nos lábios, seus indagadores olhos verdes são tão cercados por espessos cílios pintados de rímel preto, que mais parecem olhos de boneca.
-Estou um pouco cansada. Não consegui dormir, pois fiquei pensando no que aconteceu- Antonieta já sabia o que era, pois quando foi ao meu quarto, me viu chorar como uma criança perdida na escuridão e me consolou -É melhor deixarmos os pensamentos na areia e irmos nadar, o que acha? -. Ela me sorriu alegre e assentiu que sim timidamente.
Corremos em direção ao mar, tirando e jogando no chão nossos vestidos de praia, ficando apenas de biquínis. O meu preto e o dela roxo escuro, de modelos simples.
Antonieta caiu e quase se afogou, mas eu a salvei a tempo de um desastre maior, depois desse engraçado acontecimento simplesmente não nos aguentamos de rir.
-Quer tentar de novo? -. Rimos novamente da última cena engraçada, deitadas na areia morna e clara, com a água salgada batendo em nossos pés, nos dando um prazer reconfortante.
Eu confesso que nunca pensei que viveria um momento assim. Alegre e normal, longe do mundo dos meus pais, ao lado de alguém como Antonieta.
-A vida seria perfeita se fossemos todos iguais, se vivessemos em paz e fossemos todos amigos e irmãos. O que você acha Antonieta? -. Ela em toda sua hesitação e timidez, passou a mão esquerda em meu rosto e me deixou arrepiada e com as bochechas quentes e sem dúvida vermelhas, assim como as dela.
-Talvez se todos pensassem uns nos outros, como você fez comigo, ai sim a vida seria perfeita-. Sorri feliz e ao mesmo em dúvida, pois senti que ela falou de algo a mais que eu não faço ideia do que seja. Parei de encara-la e tirei uma mecha de cabelo dos olhos; uma brisa mais fria passou nas minhas costas me fazendo estremecer de frio. Olhei o horizonte e nem notei que o sol já está se pondo.
-Que frio! Que tal voltarmos pra mansão e nos divertirmos lá? -. Mal acabei de falar e ela se levantou, me estendeu a mão. Eu a segurei delicadamente e ela me puxou; ela sorri amigavelmente pra mim e me encara furtivamente os olhos, até que disse:
-Irei a onde a senhorita quiser ir-. Sorrimos uma pra outra e fomos embora por onde haviamos chegado, de mãos dadas com o pôr do sol a nossas costas.


Fui avisada por um dos empregados que meu pai me aguardava em seu escritório. Eu já deveria estar esperando por isso, mas não vou perder meu pouquinho de tempo livre pensando somente nele, não mesmo.
Entrei na sala grande, chamada por Louis de escritório, tem um estilo antigo e é decorada ao gosto dos homens, e mesmo assim é aconchegante, ao menos para mim é aconchegante.
-Louis?... Como pode me chamar aqui e nem estar presente... -. A porta foi fechada e eu pude ouvi-la ser trancada. Meu coração quase saltou pela boca, por sorte isso não é possível. Ele veio por trás de mim e afagou os lábios no meu pescoço. Beijando-o, me deixando arrepiada e excitada. Quero dizer para ele parar com isso, mas ele parou antes deu dizer qualquer coisa e me virou de frente pra ele e disse:
-Onde você estava? Quase mandei que a procurassem-. Seu olhar preocupado e ao mesmo tempo aliviado sobre mim, me dá a certeza de que ele esteve o dia inteiro pensando em mim. O que é muito gratificante. Que mulher não gostaria de estar nos pensamento de um homem o dia inteiro?
-Eu estava com Antonieta na praia- Seus olhos ficaram mais tranquilos e mais desejosos; estão me dizendo o que ele quer e seu corpo está começando a demonstrar -Onde está Charllote? -. Ele pareceu acordar de seus devaneios, a menção do nome de sua esposa e me olhou mais sério para responder-me.
-Ela foi buscar sua vó e disse que elas ficariam na cidade fazendo o que bem entendessem-. Isso é bem típico de Charllote e Victoria, mas não me interesso por isso.
Suas mãos já estão se apoderando do meu ''frágil'' corpo e me acariciando sedutoramente, me deixando mais quente e excitada do que eu gostaria de estar. Ou talvez eu gostaria? Eu não sei.
 Louis me ergueu do chão com muita facilidade e me carregou para o sofá macio e confortável de couro escuro, para depois tirar-me o vestido verde-claro de botões, que eu havia colocado depois do apressado banho que havia tomado. Quando ele se posicionou em cima de mim ainda vestido com uma calça preta social e uma blusa branca também social com alguns botões abertos no peito e dobrada no cotovelo, algo dentro de mim se apavorou.
-Louis... Pare! - Coloquei as mãos sobre seu tórax, como se para afastá-lo. Elas estão tremendo, não sei por que, mas eu estou tomada de um pavor e tenho certeza que meu seblante transmite o mesmo, pois o olhar dele está preocupado -Perdoe-me, Louis, mas não posso fazer isso-. Não agora!
-O que aconteceu, querida Marc? Por está assustada? - A voz preocupada de Louis me deixou angustiada. Tentei me levantar, mas ele segurou-me ainda deitada no sofá, me dando uma sensação de fraqueza e...  -Se não falar comigo, não irei soltá-la -. Sua voz está calma, mas ainda tem um traço de preocupação que está me deixando ansiosa para sair debaixo dele. Olhei-o nos olhos, não quero falar com ele, só quero sair daqui e me aconchegar ao lado de Antonieta que está no quarto experimentando as roupas novas que compramos juntas  na cidade.
-Estou cansada e com fome, não vou fazer o que você quiser na hora que quiser e não serei sua escrava! -. Ele olha-me surpreso, espantado e intrigado, posso dizer. Ele saiu de cima de mim me liberando de seu contado, mesmo ainda estando um pouco nervosa, ansiosa e assustada tratei logo de pegar o vestido da cabeceira do sofá e de vesti-lo. Seus expressivos olhos azuis me seguem furtivamente, o que está me deixando envergonhada, mas ao mesmo tempo estranhamente feliz.
-Você gosta de mim Marc, ao menos como um pai? -. Olhei-o de soslaio ainda receosa do que ainda pode acontecer.
Mesmo ele me amando de uma forma diferente e fazendo coisas diferentes comigo, ainda é o homem que me acolheu dentro de sua vida e dentro de seu mundo e nisso eu sempre lhe serei grata.
-Sim. Eu lhe amo como um pai e sempre amarei-. Ele se levantou do sofá e se aproximou, não me afastei, apenas pelo fato deu estar de pé e de não querer ofende-lo.
-Poderia amar-me como um homem, Marc? -. Ele tocou meu ombro desnudo, por causa do decote canoa do vestido, o simples contado me deixou arrepiada e sem ar. Como ele pode me pedir uma coisa dessas, com uma mulher tão linda já lhe amando? Eu não consigo entender isso, mesmo que Charllote tenha vários defeitos, ela ainda sim o ama e muito.
-Eu... Eu... Papai eu... Eu... -. Não deveria nem ter tentado responder.
-Minha querida e pequena Marc Farell, minha adorável menininha eu te amo mais que qualquer coisa nesse mundo! Posso receber um abraço? -. Assenti que sim hesitante e ao mesmo tempo louca de vontade de abraça-lo. Ele abriu os braços e eu me aninhei neles e deixei ele me apertar contra seu peito.
É tão bom como na minha infância, uma das minhas poucas lembranças que eu tenho de alegria, foram a noite, aninhada nos braços deste homem, que eu chamo de ''pai'' e que me ama como uma mulher.
-Eu também te amo papai, mas... Mas acho que não é certo eu amá-lo mais que um pai-. Ele me afastou um pouco, olhou-me nos olhos e sorriu carinhosamente pra mim, como um verdadeiro pai faria.
-Que bom que é sincera comigo, Marc, pois as vezes acho que todos que estão ao meu redor mentem, dizem coisas só para não perderem seus empregos, para não perderem minha confiança e sua mãe também faz isso comigo, ela mente. Eu detesto que mintam pra mim, promete nunca mentir pra mim, Marc Farell? -. Respirei calmamente e respondi da melhor forma falsa possível.
-Prometo. Agora posso ir? -. Ele suspirou resignado, mas me soltou. Quando mal andei dois passos, ele segurou meu punho me fazendo virar em sua direção, seus olhos azuis me deixaram tão sem graça que me pus a olhar os botões abertos da sua camisa branca.
-Tenho um presente pra você- Louis soltou meu pulso e se direcionou a mesa de mogno do outro lado do escritório. Pegou uma caixa preta com detalhes azuis e voltou até mim -Espero que seja de seu gosto! -. Peguei-a de suas mãos. Não é pesada, portanto a coloquei em cima da mesinha que fica enfrente do sofá e abri.
Um vestido de alças finas de cor bege; tecido leve e suave, talvez seja seda pura; curto, no meio das coxas talvez, mas isso já era de se esperar.
-Obrigado, papai, adorei, é lindo! - Guardei-o na caixa -Posso ir agora? -. Indaguei-o gentilmente e sem olhar diretamente em seus olhos, para não ter que ver o que passa neles.
-Sim. Até na hora do jantar! -. Sorri sem jeito, peguei a caixa e sai.




3 de julho de 2012

Todo esplendor tem um lado obscuro - parte 11

Ela apertou minha mão, o medo  é evidente em seu rosto pálido meio arredondado e com sardas discretas. Lembro-me da vez em que fiz isso com Charllote (apertei sua mão), eu acabei de castigo, pois Louis não estava por perto pra intimida-la.
-Antonieta diga-me. Qual seu maior sonho? -. Tentei desviar sua atenção com uma pergunta banal, mas nada em seus nervos se distraíram com a minha pergunta, na verdade acho que apenas fiz com que ela apertasse mais a minha mão; que já está começando a ficar avermelhada.
-Todos os meus sonhos se perderam no tempo. E quais são os seus senhorita Farell? -. Sonhos? Indaguei a mim mesma, com uma pontada de surpresa. A muito tempo eu os tive, sonhos mágicos e românticos de amores eternos, com príncipes e castelos, a magia dos contos de fadas, tudo neles me alegravam, até mesmo as coisas maléficas, pois no final todas elas desapareciam e sempre tinham os finais felizes, sempre. Mas eu ainda tenho alguns sonhos aos quais eu consegui esconder, mas que me parecem impossíveis de se realizar. Mesmo para alguém tão rica como eu. Mas eu posso compartilhá-lo com Antonieta, pois não acho que isso me fará mal algum.
-Eu sonho em ser uma grande pianista para poder tocar naquelas grandiosas óperas! -. Antonieta depois de alguns segundo ainda segurando minha mão, sorriu mais aliviada e soltou minha mão, desviando o olhar pra fora do jatinho particular em que estamos; com certeza deve ter conseguido acalmar seu íntimo.
Não havia notado, mas Louis está sentado no banco atrás do nosso, enquanto Charllote está no último da fileira  do outro lado. Ele sorriu fingindo estar distraído com seu laptop, quando eu o observei pela lateral de minha poltrona.
Não tenho tanta certeza, mas acho que meu destino será trágico, cheio de desafios dos quais eu não sei se serei capaz de suportar ou superar, mas se eu cair permanecerei no chão, apenas pra não ver quem me derrubou.

-Meu deus! Como estou cansada, parece que ficamos voando por três dias, espero que não tenhamos nenhum encontro importante está noite, não irei nem arrastada! -. Charllote riu exageradamente, mostrando os dentes brancos e perfeitos,  com seu jeito de mulher elegante ao dizer que não irá nem arrastada. E ela nem parece exausta. Foram apenas quatro horas de voo e uma hora até chegar a nossa mansão de praia. Como Charllote adora dizer ''nada melhor do que nos afastar da riqueza poluída e urbanizada, e passar alguns dias na riqueza verde e límpida!''.
-Louis, querido, mamãe virá pra cá amanhã à noite e como você mesmo sabe ela não dorme sozinha, então cabe a mim dormir com ela, você terá que dormir no quarto de hóspedes da ala leste, os outros quartos eu estou mandando reformar, pois ao final do mês trarei alguns amigos pra cá e darei uma fantástica festa. Eles nunca irão se esquecer dessa magnífica festa! -. Louis me pareceu querer abrir um de seus especiais sorrisos de alegria, mas não o fez, apenas assentiu com a cabeça fingindo estar sério e depois me olhou de soslaio, com seus penetrantes olhos azuis.
Victoria Momtriz D'tryll. Amada e idolatrada por sua única filha. Charllote nunca a desobedeceu, pelo o que eu sei e também nunca a questionou, apenas seguiu suas regras e seus modos familiares de décadas atrás. Vovó Victoria, ela odeia ser chamada de vovó, ela diz que isso é pra quem tem netos e ela não me considera sua neta. Até por quê, uma distinta senhora de 51 anos, sem rugas, de corpo esbelto e roupas finas e de grifes, não precisa de uma neta que a chame de vovó sempre que a vê.

-E então Antonieta gostou do seu quarto? Se quiser podemos trocar-. Sugeri sutilmente, enquanto ela se maravilha com o quarto de móveis ingleses, grandes janelas transparentes, cortinas de seda branca e uma belíssima cama toda em mármore escuro do século 19, como mamãe havia me dito certa vez em quando estivemos aqui.
-É maravilhoso senhorita Marc, nunca consegui me imaginar dormindo em um quarto como este, é simplesmente magnífico! -. Antonieta sentou na cama e contemplou todo o esplendor a sua volta. Parece uma criança num parque de diversões. Sorri animada por tê-la como protegida e fiel amiga, mas isso eu ainda terei que comprovar.
-Antonieta se quiser comer alguma coisa é só ligar para a cozinha com o telefone ao lado da sua cama e fique a vontade minha mãe não irá lhe xingar. Bem, agora tenho que ir, vou descansar um pouco-. Ela segurou minhas mãos entre as suas e me agradeceu por tudo o que eu estou fazendo por ela, apenas assenti muito feliz por ela se sentir bem em meu mundo, depois sai calmamente de seu novo quarto.

Suspirei vagamente ao passar diante do quarto onde ele vai ficar, agora não irei ter tempo pra mais nada, até por que ''vendi'' meu corpo para um homem apaixonado e agora sou totalmente dele, mas ao menos ganhei o que eu queria.
-Marc! -. Voltei o olhar e o corpo pra ele, mais em sinal de respeito, do que qualquer outra coisa.
-Sim, papai? -. Só espero que não estejamos sozinhos nesta ala da mansão ou isso não acabará bem.
-Preciso conversar com você- Conversar? Mas o que temos pra conversar? E eu ainda pergunto! -Venha-. Ele apontou para seu quarto, cuja porta está bem aberta, voltei-me e entrei apenas por causa da promessa. Ele fechou a porta e a trancou, fiquei tensa de imediato, tenho que confessar que fui um pouquinho ingênua ao achar que ele queria apenas conversar. Mas no fundo eu sei o que ele quer.
-Parece que você se esqueceu do que eu te pedi, não é mesmo? -. Daria de tudo pra Charllote não estar em sua banheira cheia de pétalas de rosas da China e aromas exóticos da Índia pensando em como será sua ''inesquecível festa''.
-Por causa do cansaço devo ter me esquecido, o que era mesmo? -. Ele sorriu com ironia, pois sabe muito bem que eu estou mentindo, mas também sabe muito bem que eu não o quero, ao menos não neste momento.
-Trinta beijos onde eu quiser sempre que você me chamar de papai enquanto estivermos sozinhos-. Fixei o olhar no seu e não desviei. Ele começou a se aproximar de mim, seu olhar está cheio de paixão e sensualidade.
Suas mãos grandes e quentes apertaram carinhosamente minha fina cintura, me fazendo prender a respiração de expectativa; seu lábio deslizou pelo meu pescoço, deixando beijos quentes em minha pele sensível e arrepiada.
Arrepios me percorrem por todo meu corpo, me fazendo corar ainda mais de vergonha, pois agora sabendo o que, se eu deixar, pode acontecer me deixa um tanto aflita e ansiosa pelo desfecho.
Louis me deixou assustada ao pegar-me no colo e me deitar em sua cama, mas logo meu susto passou quando ele me olhou com tanta voracidade e excitação, talvez por minha beleza quase angelical e quase inocente de adolescente. Mas vamos combinar que minha idade é a última coisa na qual Louis está pensando neste momento. Aliás, eu prefiro que ele nem pense nisso, ou poderá ficar com a consciência pesada e eu não quero que isso aconteça.
-Querida Marc eu não aguento mais, eu quero... -. ''Que pena que não eu posso fugir, mas agora vendo-o tão excitado, eu talvez não queira mais fugir''.
-Tudo bem, Louis, você pode fazer o que quiser comigo, desde que não me machuque-. Minha voz saiu rouca, vacilante e ao mesmo tempo sedutora, fazendo-o sorrir maliciosamente e convicto de que, de alguma forma eu também o quero. Sorri com o canto do lábio como uma verdadeira Lolita excitada faria, ele não se conteve nem mais um segundo e me beijou apaixonadamente, como se quisesse me tirar o ar e foi o que ele conseguiu, mas eu me afastei para respirar. Não quero desmaiar com seu beijo tão sôfrego e insaciável, ao menos é isso o que ele me parece ser.
É fascinante como tudo nele almeja meu corpo, tudo nele se enrijece e se arrepia ao simples toque das minhas pequenas mãos quase inexperientes, ao contrário das suas mãos, que são rápidas e parecem saber exatamente como me despir, e o toque quente delas estão me excitando ardentemente. Jamais havia notado que Louis tem um corpo musculoso, muito bem definido e belamente jovial para sua idade, mas também eu jamais o vi sem roupas, não é mesmo? Quem me dera ter visto antes.
Como nunca havia visto um homem despido, acabei ruborizando de vergonha por estar totalmente excitada de curiosidade de continuar olhando, até tentei não olhar fixamente para o pênis de Louis, mas é hipnotizador, grande e parece ser duro, mas ao mesmo tempo macio. Acabei matando minha curiosidade ao tocar-lhe o membro duro e como eu havia imaginado macio. Louis segurou minha mão sobre seu pênis e começou a descer e a subir. Ele equilibrou-se na cama sem colocar o corpo sobre o meu, com  o braço esquerdo reto, encostado na cama, ao lado do meu ombro direito. Ele abriu a boca para respirar melhor, sua respiração acelerada e ofegante perto do meu rosto me deu a certeza de que ele está muito excitado, assim como eu.
-AHHH! Marc isso é tão MA-RA-VI-LHO-SO... Você é maravilhosa e somente minha!!! -. Louis tirou a mão de cima da minha e eu soltei seu pênis, para o tão esperado momento. Ele então me penetrou devagarzinho a princípio, (mesmo estando tão excitado) mas então acabou intensificando o movimento de entra e sai. Deixando-me em um misto de emoção e medo, pois agora eu sou de corpo e alma dele, não que isso seja ruim, mas é muito arriscado.
Mordi o dedo indicador na tentativa de não gemer, mas é impossível, até meus olhos parecem se revirar dentro das minhas órbitas de tanta excitação que eu estou sentido. É como se eu estivesse em chamas, mas nem mesmo a água pode apagar esse fogo tão intenso e eloquente que estou sentido.
Louis tirou meu dedo da minha boca e me beijou intensamente para que eu não grite alto demais, pois acho que ele sentiu que eu estou prestes a ter meu primeiro orgasmo e acho que ele também está prestes a ejacular em mim.
Quando isso aconteceu foi surpreendentemente esplêndido (ao menos para mim). Nossas respirações irregulares e ofegantes cessaram depois de alguns minutos de descanso e nossos olhares se fixaram intensamente, como se quisessem se afogar um no outro. Louis deu um largo sorriso de satisfação e alegria e se retirou de cima, mas continuou ao meu lado, se apoiando no cotovelo direito e segurando a cabeça, como uma criança admirando um objeto que pra si é realmente magnífico e sem igual. Mesmo eu não querendo admitir (o que eu raramente costumo fazer), não posso negar que, o que nos aconteceu foi muito especial e totalmente esplêndido.
-Posso ir pro meu quarto, Louis? -. Seu sorriso desapareceu tão rápido quanto apareceu. O desapontamento em seu olhar me fez engolir em seco e desviar o olhar do seu por alguns poucos segundos, mas então eu o fitei novamente, para ver se sua expressão mudara, mas não. Na verdade parece que ele está mais surpreso do que desapontado, o que de certa forma é bem melhor.
-Por que já quer fugir de mim? Não lhe machuquei, ou machuquei? -. Olhei para o teto amarelo e suspirei envergonhada comigo mesma, mas ao mesmo tempo muito feliz, de uma forma tão esquisita, que me sinto um pouco fora de mim.
-Não você não me machucou. É, que se quiser que isso aconteça de novo, irá deixar eu ir e mesmo que não deixe eu irei-. Levantei antes que ele pudesse pensar em me segurar.
Meu corpo nu mais se parece com uma luz neste quarto escuro, banhado apenas pelas luzes dos jardins laterais da mansão, que entram pelas frestas das cortinas meio  fechadas das janelas . Peguei minha roupa que estava sobre uma cadeira rústica de mogno e me vesti o mais rápido que pude e tentei não deixar transparecer meu nervosismo e meu meio sorriso satisfeito.
O olhei mais uma vez, ele não tentou me conter apenas ficou me olhando como um animalzinho abandonado pela dona; essa sua expressão me deixou meio surpresa e ao mesmo tempo contente, mas eu não me demorei olhando-o e sai.

Assim que coloquei os pés pra fora do quarto dele me pus a correr para o meu, sem deixar que minhas botas rasteiras façam barulho e chamem atenção. Como eu pude me entregar tão facilmente, tão futilmente? O pior é que de certa forma eu queria que aquilo acontecesse. Não, eu realmente queria que aquilo acontecesse, mas então por que eu me sinto tão mal por dentro?
Tranquei a porta do meu quarto assim que entrei e me deixei escorregar no chão de madeira. Fiquei encolhida no chão, com as mãos entorno da cabeça, chorando como uma criança perdida no meio da escuridão do meu próprio quarto. Deixei pela primeira vez em anos que minhas lágrimas escorram livremente pela minha face, mas eu ainda sim não consigo compreender o por que deu estar me sentindo tão mal, tão angustiada e vazia.





6 de junho de 2012

Eu não quebro meus acordos - parte 10

Bateram na porta do meu quarto. Antonieta abriu a porta e se deparou com Louis que fez um aceno de cabeça pra ela sair e ela se foi, mas antes de fechar a porta me lançou um olhar carinhoso e risonho.
Sentei na cama, para não dançar de alegria, pois meu coração está dançando um tango delirante; joguei-me pra trás no colchão macio e alto da minha cama de lençol floral e travesseiros de tons azuis. O calor do que eu quase fizera ainda percorre pelo meu corpo e mesmo eu estando um pouco triste por ele ter ido embora, uma alegria quer saltar do meu peito e rir como uma louca, pois definitivamente eu realmente não sou normal.
-O luar está tão esplêndido, não acha papai? -. Sorri-lhe tão feliz que o desapontamento que estava em seus olhos desaparecera, ele olhou pro céu através da grande janela e sorriu ao ver a lua.
-É está realmente esplêndido... Marc, diga-me a verdade, o que vocês fizeram enquanto estavam na biblioteca? -. Louis estava ansioso pela resposta, que até sentou-se ao meu lado, tratei logo de ficar sentada, mas não consegui esconder o calor excitado que ainda sinto.
-Nos apenas nos tocamos e, nos beijamos- Falei abaixando o olhar pro chão, para lembrar dos detalhes sórdidos e prazerosos -Nada mais aconteceu além disso-. Encarei-o e ele fixou os olhos em mim e suspirou aliviado, mas não sorriu como eu esperava.
-Por que ele pode tocá-la e eu não? O que ele tem que eu não tenho? Diga-me e eu darei um jeito de mudar! -. Ele me ama tanto assim? Para mudar? Mas, e Charllote? Ele talvez nem deve se lembrar que tem uma linda esposa o esperando acordada.
-Gosto do senhor Henry, talvez seja por isso que eu o deixei me tocar-. O triste olhar que ele me lançou, decepou toda alegria que eu estou sentido. Até por que ele ainda é meu pai adotivo e vê-lo triste por minha causa é tão ruim e sufocante.
-Marc o que tenho que fazer pra ter seu amor só pra mim? Não quero que ninguém mais a toque, quero você só pra mim! -. Ele me abraçou forte, mas de forma carinhosa, que me fez relaxar o corpo e apenas sentir seu calor e seu corpo de encontro ao meu, ele aproximou o rosto do meu e olhou em meus olhos ainda com aquela pergunta, então eu respondi:
-Quero levar Antonieta comigo nas viagens, pois ela agora é minha protegida. E quero que fale com mamãe sobre esse assunto-. Ele sorriu e continuou me abraçando carinhosamente que até parece ser um pai normal. O bom é que será fácil pra ele conseguir o que eu quero.
-Mesmo que Charllote não deixe, minha permissão vale mais que a dela, por isso poderá levar Antonieta em todas as nossas viagens. E como selamento do nosso acordo eu quero um beijo-. Desvencilhei-me de seus braços, ele meio que se assustou achando que eu fugiria, mas eu apenas fiz isso para ajoelhar em cima da cama bem na sua frente, para ficar mais confortável. Ele segurou meu delicado rosto redondo e pálido e beijou meu lábio ainda um pouco avermelhado pelos beijos de Henry; o acordo foi selado, mas ele desceu as mãos pelo meu pescoço, meu ombro e meus braços, até chegar a minha cintura. Ele agarrou-me pela cintura e fez-me sentar em sua masculinidade, já um pouco intumescida; olhei-o meio assustada, mas eu já fiz isso, então por que eu estou assustada? Por que fechei os olhos? Por que estou tão nervosa e envergonhada? Talvez seja pelo fato dele ser o único homem que eu conheço como meu pai, ou, eu simplesmente tenho uma personalidade dupla.
-Não feche as pálpebras Marc, deixe-me olhar nesse céu azul que são seus olhos e ver se, estão tão felizes quanto os meus! - Quando ele viu meus olhos percebeu que eu estou assustada, como uma criança perdida em meio a uma multidão. Louis sorriu meigamente para mim e me abraçou, permite-me abraçar ele também -Não fique assustada, querida Marc-. Há algo nesses olhos que me deixam calma e ao mesmo tempo ansiosa.
-Não se preocupe se estou feliz ou não, pois você já está me dando algo que eu quero, agora é minha vez de lhe dar tudo o que quiser de mim! -. Ele ia questionar-me, mas beijei-lhe o pescoço, fazendo-o engolir em seco e deixando-o mais excitado, posso vê-lo sorrindo e mordendo o lábio inferior, beijei novamente e ''algo'' se endurece, mais, no meio de suas pernas. Fitei-lhe os olhos azuis como os meus, estão alegres e brilhantes; beijei suavemente seus lábios e deixei me levar por suas mãos quentes e grandes, que me tiraram o vestido. Mas tudo que ele pretendia fazer comigo foi interrompido, pois Antonieta bateu na porta e disse:
-Desculpe-me senhorita Marc, mas a senhora Charllote está me perguntando onde está o senhor Louis, o que eu devo dizer a ela? -. Louis me olhou triste, mas ainda sorridente afagou o rosto no meio dos meus seios medianos, cobertos apenas pelo sutiã preto com arabescos dourados, levantei seu rosto e sorri-lhe docemente como uma boa filha normal faria.
-Quero que deixe-a feliz, deixando-a feliz eu também ficarei feliz, entendeu papai? -. Louis me olhou surpreso e triste, pois sabe que eu não gosto dele, não do modo como ele quer e a notícia de Charllote o estar procurando me deixou um pouco aliviada e mais sorridente, e ele notou isso logo que Antonieta anunciou, e está meio desapontado comigo, mas ainda há o nosso acordo e ele sabe que não irei quebrá-lo.
-Terei que entender de qualquer forma, não e mesmo? - Assenti que sim com um sorrisinho convencido no rosto -E por favor, não me chame mais de ''papai'' enquanto estivermos sozinhos ou isso lhe custará trinta beijos aonde eu quiser, entendeu? -. Ele sorri maliciosamente enquanto se ''endireita'', por assim dizer. Seus olhos ainda percorrem o meu corpo coberto apenas pelas roupas íntimas, mas ao invés deu observá-lo se arrumar, eu deitei corretamente na cama a espera do sono. Louis debruçou sobre a cama, aproximou o rosto do meu e sussurrou em meu ouvido:
-Eu te amo minha querida Marc! -. Suas palavras me soaram tão sinceras que eu quis olhar em seus olhos pra ver se estão mesmo falando a verdade. Virei-me e vi que realmente estão; sorri timidamente por isso. E antes dele ir, ele roubou-me um delicioso beijo, sorriu feliz e foi para seu quarto.

 

-Onde você estava? Bernard foi embora faz muito tempo, e você sumiu logo em seguida, como pode me deixar aqui, plantada te esperando? -. Tirei o terno, os sapatos e respirei fundo para não falar de modo grosseiro com Charllote.
-Eu estava tomando uns drinks na adega, me desculpe Charllote, só quis ficar um pouco sozinho-. Ela me encarou séria, meio em dúvida, mas depois entrou no seu closet e começou a se despir com a porta aberta; eu posso jurar que Charllote parece uma deusa, com os cabelos castanhos escuros caindo-lhe sobre as costas nuas, a pele com um suave e natural bronzeado e seu perfume delirante que até me fez fechar os olhos de desejo. As curvas perfeitas daquele corpo quente que a muito tempo me fizeram sucumbir de paixão e devaneios sexuais, mas agora apenas me deixam perplexo e confuso. Charllote é um modelo de esposa perfeita, mas talvez isso a faça ser mais fria comigo. Ela pode até me amar muito como disse Marc, mas eu não consigo mais amá-la, desde que perdera nosso primeiro filho.
Ela percebeu meu olhar admirador e sorriu, sabe que ainda tem um certo controle sobre mim, mas o está perdendo para Marc, para minha doce Marc Farell. Ahhh! Como eu gostaria de estar sozinho no mundo apenas com Marc aconchegada em meus braços a sorrir feliz, mas ela ainda teme Charllote, sabe que não é certo roubar o marido de outra mulher, ainda mais quando esta é Charllote, mas não a nada, nem ninguém que me faça mudar o que sinto por Marc.
Charllote até tentou me seduzir naquela noite, mas fingi estar cansado e dormi pensando em Marc.




20 de maio de 2012

Primeiro presente - parte 9

Um minuto pra nove horas, meu peito pula com as batidas desenfreadas do meu coração; bateram na porta e Antonieta foi atender; o que eu ia fazer com ele, não disse que era um jantar ou coisa do tipo, disse apenas que não queria ficar sozinha, e agora?.
-Boa noite senhorita Marc! - Fiquei imóvel na frente dele, não consegui sorrir direito e ele riu -Espero que não se importe mas, comprei um presente pra você! -. Ele me comprou delicadas luvas de renda bege, perfeitas eu diria, sorri feliz com o belo presente.
-Muito obrigado senhor Henry, eu as adorei! Podemos conversar na biblioteca? -. Ele sorriu e me seguiu até lá; tranquei a porta e ele não percebeu. Sentamos no sofá, ele estava calmo, apenas me olhava risonho, então ele disse:
-Não consigo acreditar que você irá embora amanhã; sentirei tantas saudades de você, Marc- Ele estava triste, me olhava com medo da nova perda- Por que não me visitou depois daquele dia em que estive aqui? -. Desviei o olhar pra janela, sorri sem notar que ele me observava atentamente.
-Tive que estudar muito e minha mãe me levou a alguns desfiles, então fiquei sem tempo, me desculpe-. Ele ainda me olhava, espero que tenha acreditado, não vou contar a verdade, nunca.
-E quando você partir, como posso me comunicar com você, Marc? -. Olhei pra ele, nunca tive um celular, não posso dar o número do nosso próximo hotel e se Louis atendesse.
-Me dê o número do seu celular e do restaurante! Prometo ligar sempre que eu tiver um tempo livre-. Ele sorriu animado, sorri tímida; dei-lhe um papel e ele escreveu seu número.
-Pena que não serei beijado quando você desligar- Sorrimos, ele não se esquecera, que bom -Me desculpe dizer isso, mas não suporto a ideia de ter você longe de mim- Ele segurou minhas mãos, fiquei tensa e minhas bochechas coraram, pois as senti quentes -Acho melhor eu não fazer isso, se não ficarei sem suas ligações, o que já seria muito triste pra mim-. Ele soltou minhas mãos; algo em mim o queria, e agora.
-Eu o quero... Senhor Henry... Agora, antes deu ir embora amanhã -. Falei nervosa e as palavras saíram fracas, mas ele ouviu, e sorriu.
-Posso tocá-la? -. Balancei a cabeça que sim; ele acariciou meu pescoço suavemente, repousou a mão em meu queixo e puxou-me calmamente para si; seu lábio tocou no meu, ele estava quente, fiquei arrepiada e afastei-me dele, ele sorriu pra mim.
-Marc eu quero você; quero seu corpo, seu cheiro, seu âmago!!! -. Sorri discretamente e ele percebeu, levantou meu queixo, fazendo-me olhar naqueles olhos sedutores e engraçados. Eu não sei por que, mas eu queria mais, queria ao menos uma vez.
-Posso brincar com você? -. Minha pergunta soou meio desajeitada, mas ele sorriu que sim. Sentei em sua virilidade, ele passou a mão em minhas pernas dobradas ao lado de seus quadris; beijei seu pescoço, meus suaves lábios o deixaram excitado, beijei novamente e senti algo ficar rígido no meio das pernas dele, sorri sem ele ver e lhe beijei o lábio, aquilo ficou grande, ele passou os braços em volta da minha cintura e me apertou gentilmente, eu o havia deixado excitado e aquilo também me deixava excitada, pois estava roçando minha calcinha, ele me movimentou e eu gemi em seu ouvido, deixei-o mais excitado ainda, sua respiração ficou alterada e ele riu baixinho, mas eu pude ouvir.
-Por que Marc? Por que faz isso com um homem que não sabe quando à vera novamente? -. Olhei em seus olhos, estavam alegres, mas receavam me deixar, sorri alegremente.
-Quero deixar-lhe feliz uma última vez, tudo bem? Sei que é esquisito, mas gosto de você, senhor Henry! -. Henry parecia que ia explodir de felicidade e eu também, ainda sentia aquilo roçar-me; ele me beijou novamente, depois beijou meu pescoço, eu gemia baixinho e minha respiração ofegante o fazia sorrir. Discretamente abri o botão da sua calça, depois o zíper; ele me olhou um pouco surpreso, uma garota da minha idade não deveria saber dessas coisas, mas Charllote me ensinou o suficiente pra deixar um homem feliz.
-Marc, você é apenas uma garota, não sei se devo fazer isso com você-. Sorri sedutora e sai de cima dele, na frente dele tirei as ankle boots, as meias, e depois o vestido; ele ficou surpreso com meu corpo já adulto, de uma perfeita mulher em uma delicada jovem. Sentei nele e comecei a desabotoar sua blusa social branca, ele passou as mãos em minha cintura, me deixando quente e ele mais excitado, eu sorria alegre e ele apenas me observava; para um homem de quarenta anos ele estava muito em forma, deve ir a academia diariamente.
-Tem certeza de que quer fazer isso Marc? Não quero que se arrependa depois-. Sorri perfeitamente decidida.
-Nunca me arrependerei de fazer isso com você! -. Ele sorriu, como se algo dentro dele houvesse se emocionado com minhas doces palavras. Ela batia na porta rapidamente, o sinal.
-Obrigada Antonieta! - Vesti o vestido- Eles chegaram!!! -Nos arrumamos e saímos da biblioteca.
-Olá Henry! Marc faça-nos o favor de ir para seu quarto- Olhei pra Henry que sorriu, então eu fui, levando junto Antonieta- Charllote você também, quero conversar a sós com Bernard- Ela olhou-me com raiva e foi para nosso quarto- Por que Henry? Poderia ter escolhido qualquer uma no mundo, mas por que Marc? -. Henry não teve coragem de me encarar, e quem teria?.
-Não consegui controlar meus sentimentos, ela se parece tanto com Victoria! -.
-Sinto muito mas ela não é Victoria, e nunca será; então trate de esquecê-la e nunca mais procurá-la!!!-. Se Charllote ouvisse, tudo estaria acabado. Estou furioso, como minha pequena e amada Marc pode fazer isso? Como?. Henry apenas me olhou com raiva e tristeza, e foi embora, só espero que seja pra sempre.





Me acompanhe, pra sempre... - parte 8

Louis não conseguia demonstrar mais alegria e Charllote estava se exaltando cada vez mais com ele, mas ao invés de vir ao meu encontro depois das brigas, ia se esconder na biblioteca pois sabia que ela não entrava lá, nem arrastada.
-Mamãe posso visitar o senhor Henry, no restaurante? -. Fiquei em pé, enquanto ela estava sentada confortávelmente em uma das cadeiras da grandiosa varanda; ela me olhou por cima dos óculos e com seu atraente sorriso felino disse:
-Leve Antonieta com você, ela agora é sua ama, e como estamos de partida amanhã, eu e Louis iremos ao teatro e depois iremos jantar em algum restaurante fino e novo, chegaremos um pouco tarde, se quiser convidar Henry para lhe fazer companhia, tem minha permissão e não conte a Louis, tudo bem querida? -. Ela me sorria, mas apenas por que iria sair com Louis e não me levaria junto e concerteza ela iria seduzi-lo e leva-lo a outro hotel.
-Obrigada mamãe, e não irei contar nada ao papai. Posso ir agora, vê-lo? -. Ela acentiu que sim e sorriu, sorri-lhe alegremente e sai a procura de Antonieta, que estava na cozinha e se surpreendeu com minha ida até ela. Disse-lhe que era minha ama e que iria comigo até o restaurante, mas não iria como minha ama, iria como minha amiga e se quisesse poderia pegar um de meus vestidos pra ela, já que ela tinha apenas roupas de camareira, ela aceitou com um belo sorriso.
Fiquei nervosa quando a limousine parou em frente ao restaurante, não parecia haver muitas pessoas, o que seria bom, mas e se ele não estivesse? Antonieta pediu ao motorista que nos esperasse perto dali, e me olhou como se perguntasse ''Vamos?'', era uma pergunta simples, mas de diferentes resultados. Entramos, logo vi ele, estava vestido perfeitamente para o dia lindo que estava fazendo, meu coração batia forte; Antonieta me conduzia calmamente por entre as mesas; ele nos viu e ficou surpreso, mas logo se alegrou ao ver Antonieta e não Charllote, teriamos mais tempo para conversar; sentamos em um canto tranquilo e perfeito pra um encontro discreto.
-Olá Marc! - Ele sorria alegremente parecia estar olhando prum anjo -Que bom que está aqui, achei que nunca mais a veria. Fiquei sabendo que você parte amanhã, e pra ser sincero ficarei com muitas saudades de você-. Ele havia se sentado na minha frente, eu apenas lhe fitava os olhos gentis e temerosamente tristes, sorri-lhe tímida e feliz por vê-lo.
-Oi senhor Henry, seu chef ainda faz aquele bolo de chocolate? -Ele acentiu que sim, olhei pra Antonieta- Está é Antonieta, minha amiga-. Ele apertou sua mão.
-Prazer em conhecê-la Antonieta; preferem chocolate quente ou suco? -. Sorrimos uma pra outra.
-Suco e chocolate quente-. Ele se levantou, fez uma pequena reverência e se foi pra dentro da cozinha; Antonieta olhava pra janela, pensei que estava procurando alguém mas, não; estava a observar um helicóptero que pousava em cima de um prédio, parecia hipnotizada com os movimentos daquela engenhosa máquina voadora.
-Antonieta- Ela se virou pra mim, sorri -Quer me acompanhar nas viagens? Ser minha protegida, até resolver fazer algo diferente, como pilotar aeronaves? -. Ela sorriu feliz com minha proposta, e balançou a cabeça que sim.
-Sim, mas e seus pais? Eles irão permitir? -. Sorri alegremente, finalmente conseguira uma companhia pra minha vida.
-Não se preocupe, eles irão permitir e Antonieta eu irei pagar tudo o que você precisar e quiser, peço apenas sua fidelidade e sua amizade, tudo bem Antonieta? -. Ela sorriu tão feliz que acabou me abraçando e eu a retribui.
-Muito obrigada Marc, serei sua fiel amiga, não importa o que aconteça eu nunca a trairei-. Sorri agradecida, agora serei um pouco mais feliz mas, ainda falta uma coisa.
-Depois iremos fazer compras-. Henry fez questão de nos servir; e como sempre o bolo estava ótimo, eu e Antonieta pareciamos duas crianças se divertindo sem a guarda dos pais. Quando haviamos acabado de comer nosso sublime lanche eu disse:
-Senhor Henry- Ele olhou-me triste pois já estavamos de partida -Irá sair hoje à noite? -. Ele sorriu, perecia estar lendo meus pensamentos.
-Não-. Sorri alegre e encantadoramente jovial.
-Quero convidá-lo para ir me visitar; meus pais estarão fora jantando e não quero ficar sozinha hoje a noite-. Ele segurou minha mão e sorridente a beijou.
-Será um prazer fazer-lhe companhia, a que horas devo estar lá? -. Antonieta apenas nos observava, parecia pensar enquanto nos olhava sorridente.
-Às nove horas, não se esqueça; até lá, então! -. Beijei seu rosto, ele não teve tempo pra mais nada pois, eu puxei Antonieta pra dentro do carro e o motorista se foi lentamente pela rua movimentada. Eu apenas o vi com a mão na bochecha, sorrindo e depois entrando no restaurante.
Nosso resto do dia fora tranquilo e animado, fizemos compras, contamos histórias de nossas vidas, Antonieta me contou que tem uma paixonite por homens de cinquenta anos, disse a ela que a ajudaria à arrumar um marido. A noite chegara rapidamente e eu fiquei nervosa; se Antonieta não tivesse me ajudado a me arrumar eu iria ficar parada na frente do espelho, apenas pensando em Henry. Charllote não perdeu tempo e levou Louis para o teatro.










10 de maio de 2012

Beijos apaixonantes - parte 7

É duas horas da madrugada e alguém está andando em frente a porta do meu quarto, parece indeciso em entrar ou não em meu quarto, sentei na cama e aguardei-o cheia de expectativa.
Cinco minutos se passaram e ele resolveu entrar, dessa vez ele não me parece calmo, mesmo no escuro, eu posso ver sua expressão. Louis se aproximou da minha cama e sentou na beirada dela, olhou-me sério, como se fosse um verdadeiro pai.
-O que ele queria com você? O que vocês fizeram enquanto não estávamos aqui? -. Ele está nervoso, mas não alterou a voz calma e aveludada que ele possui.
-Ele veio me ver, e nós apenas conversamos-.
-Não parece que aconteceu apenas isso, você estava nervosa quando ele estava indo embora, diga a verdade, o que aconteceu entre vocês? -. Eu abaixei a cabeça, não queria discutir com ele a respeito de Henry. Louis sentou na minha frente, fiquei com receio e excitação de acontecer o que acontecera na noite passada.
-Não aconteceu nada entre eu e Henry. Agora saia do meu quarto por favor! -. Ele sorriu não acreditando nas minhas palavras, mas nem eu mesma acredito nelas; ele logo ficou mais calmo me olhando, sempre gostou do meu olhar, enigmático e silencioso.
-Não consigo me afastar de você, não quero me afastar de você, Marc! -. Ele agarrou-me quando eu ia sair da cama e me puxou novamente para ela, me fazendo deitar, eu não sou forte, portanto nunca conseguiria fugir dele, mas talvez eu não queira. Ele colocou uma das pernas em cima das minhas belas pernas, e apoiado em seu cotovelo esquerdo me olhou nos olhos, ele está feliz e eu não quero estragar sua felicidade, na verdade quero aumenta-la mais, mesmo que ela seja torpe e imoral.
-Por que está fazendo isso comigo, papai? -. Enfatizei bem a palavra ''papai'' e ele sorriu, tirou uma mexa de cabelo que caíra em meu olho a colocando atrás de minha orelha, como é bom sentir seus dedos quentes em minha pele, isso me deixa corada e com vontade de ronronar como uma gata.
-Ainda não fiz nada a você, mas se eu fizer é por amor que eu estou fazendo, por amar você Marc! -. Virei o rosto satisfeita por me sentir amada, mas ele me forçou a olhar em seus belos olhos azuis, ele sorri como um adolescente ao encontrar a namorada e isso só faz meu ego crescer e minha expectativa também.
-Se me ama, me deixara dormir-. Ele continua sorrindo, só que com malicia no olhar, bem esse seu jeito está me tentando, mas eu não vou deixar transparecer em meu rosto, não quero dar-lhe o prazer de ganhar-me tão facilmente.
-Posso dormir um pouco com você? -. Ainda bem que ele não é meu marido, pois se eu fosse Charllote o mataria por se deitar com outra, mesmo que não vá acontecer nada.
-Com tanto que você me deixe deitar corretamente-. Ele fingiu pensar e balançou a cabeça que sim; tirou a perna das minhas, e ficou sentado me olhando deitar. Enfiei-me sobre os lençóis e ele se enfiou também, me puxou pela cintura e apertou-me carinhosamente contra seu corpo másculo e forte, seu calor misturou-se ao seu perfume caro e me deixou inebriada e excitada; se Charllote soubesse que tenho o amor de seu marido, me mataria quando ele estivesse longe.
-O que eu tenho que é tão melhor que Charllote? -.
-Você é pequena, linda e delicada, Charllote é bonita e tão auto-confiante que não me deixa falar, você eu posso proteger, ela tem a mãe para protege-la, você não grita comigo quando quer algo, ela se exalta quando não consegue o que quer; você é enigmática e misteriosa, Charllote publica sua vida todas as semanas nos jornais, você é perfeita sem querer e ela precisa de tudo pra se sentir perfeita, mas nunca vai conseguir! - Ele riu e eu deslizei de seus braços pra fora da cama, em um de meus muitos joguetes. Ele se sentou com medo que eu fugisse, fiquei em pé a fitar seus olhos que percorrem pelo meu corpo branco e frágil, mas já adulto para minha pouca idade. Meus olhos azuis brilham no escuro como os dele, ele sempre me encantara com sua máscula aparência, nunca tivera se quer um fio de cabelo branco, mesmo com um trabalho tão exaustivo e corriqueiro. E novamente ele ficara excitado por causa da minha camisola curta e quase transparente, que mostra muito mais do que deveria, mas eu a adoro por que ela é deste jeito.
-Deite ao meu lado Marc, está frio e você está com os pés descalços nesse chão, vai pegar um resfriado e ter que ficar com sua vó e eu não quero que isso aconteça! -. Ele estendeu a mão pra mim, em um convite libidinoso que me deixou extasiada, hesitei por alguns segundos em segurá-la de imediato, mas não quero ficar resfriada e ter que ir pra casa da mãe de Charllote, não mesmo, então a segurei e deixei ele me conduzir de volta para a cama, mas Louis não quer simplesmente dormir. Ele deitou-se sobre mim, mas não me reteve o ar, mas me deixou quente e nervosa ao sorrir alegremente excitado. Sim, eu já sinto seu membro duro roçar sobre minha fina camisola. Ele aproximou o lábio de meu pescoço e começou a beijá-lo suavemente, mas logo intensificou os beijos quentes e excitantes e eu não consegui segurar os gemidos roucos de puro deleite, ele parou de beijar meu pescoço e me olhou sorridente, sorri timidamente por estar gostando de seus atos, nada corretos para um pai adotivo.
Louis acariciou meu rosto com a ponta dos dedos e foi descendo-os pelo meu pescoço, deixando-me com a respiração acelerada; ele os desceu até meu seio, mas eu lhe segurei a mão, isso eu não deixaria ele fazer, ao menos ainda não.
-Se tentar fazer isso de novo, irei gritar! -. Ele me olhou ainda com seu olhar excitado.
-Se eu lhe tampar a boca ninguém irá ouvi-la! -. Me assustei e fingi que ia gritar, ele me beijou, sua língua invadiu minha boca, quente e sedenta, mas acabei mordendo seu lábio e ele se afastou rapidamente e sorrindo disse:
-Nunca irei machucá-la e não precisava me morder-. Ele riu ao fim da frase, fiquei séria e me levantei da cama, estou um pouquinho nervosa comigo mesma. Parei em frente a grande janela transparente do meu quarto.
Tudo é tão frio em minha vida, mas ao lado dele ela pode ser quente e agitada, mas mesmo assim eu ainda tenho receios, não quero acabar com o casamento de ninguém, portanto vou tentar parar antes que tudo dê errado.
-Saia do meu quarto! - Ele se aproximou, mas eu não virei -Não posso continuar e não vou. Charllote precisa de você mais do que eu e ela lhe ama como uma mulher. Esqueça-me e viva sua vida sem mim! -. Foi tão difícil pronunciar tais palavras, mas eu tive que dize-las. Ele está triste, posso ver isso no seu reflexo no vidro a minha frente. Talvez esteja se perguntando do por que deu estar fazendo isso com ele.
Vi através do reflexo no vidro, ele sair do meu quarto e fechar a porta, talvez não ouse tocar-me novamente e assim quem sabe eu não pare de me apaixonar.