Páginas de papel magnético...

19 de agosto de 2014

Minha elfa gostosa se chama Antonieta - parte 15

Entramos caladas dentro de casa e só quando chegamos ao segundo andar na ala dos quartos nos olhamos em dúvida. Mas eu logo tive uma ideia.
-Quer tomar banho comigo, Antonieta? -. Ela olhou pra trás e para todos os lados possíveis, só para não ter que me encarar, pois tenho certeza que achou que eu me esqueceria da nossa tão audaciosa aventura na praia, mas eu não sou muito boa em esquecer momentos como aquele.
-Eu não acho uma boa ideia... -.
-Pois eu acho e quero muito fazer isso, novamente-. Sorri deliciando-me cada vez mais com o constrangimento de Antonieta, que por fim assentiu que sim e me acompanhou silenciosamente até meu quarto, onde depois de entrarmos, acabei por trancar a porta, pois não será nenhum pouco conveniente alguém entrar aqui enquanto estivermos fazendo sabe-se lá o que, não é mesmo?
Antonieta deixou a cesta no chão ao lado da porta, hesitante como de costume e tão vermelha quanto uma maçã. O jeito inocente dela me deixa tão excitada que agora eu começo a entender como Louis se sente quando está comigo, pois perto dele eu tento me transformar na pessoa mais inocente do mundo. Mas na verdade eu estou manipulando tudo de uma maneira diferente e muito arriscada.
-Posso tirar sua roupa? Ou você quer fazer um strip-tease pra mim? – Antonieta me olhou com os olhos arregalados e engoliu em seco, me fazendo rir – Só estou brincando com você! Venha, vamos tomar banho-. Acho que a fiz ruborizar ainda mais, mas eu gosto de vê-la ruborizada, pois evidencia suas sardas claras e deixa sua pele quente como um vulcão.
Estendi a mão para ela, que segurou hesitante na minha eu até a senti tremer. Sorri tentando passar mais confiança a ela e acho que funcionou, pois ela me encarou com seus grandes olhos verdes e sorriu timidamente, mas sorriu.
Entramos no enorme banheiro do meu quarto, este tem o estilo todo vitoriano e clássico, não que eu goste muito deste estilo, como Charlote. Soltei a mão dela e comecei a tirar meu vestido amarelo praiano, que eu havia colocado antes de chegar perto de casa e depois meu biquíni azul caribenho. Posso ver que Antonieta está me observando e mordendo o lábio inferior, então acabei de tirar o biquíni sem delongas e totalmente nua e sem pelos, pois sempre que posso dou um jeito de ir a uma especialista em depilação; me aproximei de Antonieta que até tentou fixar olhar no meu, mas não conseguiu e acabou dando uma avaliada no meu corpo mais parecido com o de uma garota de dezesseis do que com o de uma garota de quatorze.
-E então? O que acha? -. Ela me olhou estupefata, abriu a boca para falar, mas logo a fechou sem dizer nada. Sorri pegando as barras da sua túnica curta e branca, levantei sedutoramente sua túnica, fazendo questão de passar a ponta dos dedos na sua coxa grossa e e macia, depois no seu quadril um pouco largo, na sua cintura fina e nas curvas laterais dos seus grandes seios de mulher adulta. Ela levantou os braços e me ajudou a tirar a sua túnica pela cabeça, já que eu não sou da sua altura. Mas deitada nossa altura não faz diferença alguma.
-Eu acho você gostosa também, Marc-. A respiração acelerada e a hesitação em falar dela me demonstrou que ela fez um enorme esforço para quebrar a casca de timidez que a envolve, o que é muito bom. Sorri maliciosamente pelo elogio que ela me fez e resolvi agradecer e premia-la pelo esforço que está fazendo para não ser tão tímida comigo. Fiquei na ponta dos pés para alcançar os lábios dela, mas no caminho ela curvou-se um pouco para me dar total acesso ao seu doce lábio avermelhado de tanto ser mordido. Enfiei a língua dentro da boca dela e explorei cada canto desta, até Antonieta se afastar para recuperar o fôlego, sorri envergonhada, pois eu só perco o fôlego com Louis.
-Obrigada pelo elogio! Eu gostaria de saber se posso chamá-la de ‘‘elfa gostosa’’ -. Antonieta riu e pareceu abaixar a guarda e deixar a timidez de lado, me deixando imensamente alegre e orgulhosa, me sinto mais como sua mãe do que como sua amiga.
-Mas é claro que pode, mesmo eu não tento orelhas pontudas-. Rimos animadas e descontraídas, mas então eu dei um susto em Antonieta ao soltar os laços da parte de baixo do seu biquíni e puxá-lo, causando uma leve fricção em sua vagina. Joguei-o no chão e prensei Antonieta na parede ao lado da porta, e enfiei a minha perna direita dobrada no meio das suas e rocei levemente a sua vagina com meu joelho, fazendo-a abrir a boca para respirar melhor, sorri e continuei roçando o joelho em sua feminilidade enquanto tiro a parte de cima do seu biquíni. Joguei-o no chão, como a outra parte e usufrui da bela imagem dos seios grandes da minha elfa gostosa. Abaixei minha perna direita e segurei a mão de Antonieta, para leva-la para debaixo do chuveiro, aonde iremos nos divertir um pouco mais.
Abri as duas torneiras da parede, uma de água fria e a outra de água quente. As regularizei numa temperatura amena e convidativa para um bom banho.
-Molhe-se primeiro para eu poder ensaboa-la com um desses cheirosos sabonetes líquidos- Antonieta cautelosamente postou-se debaixo da água corrente do chuveiro e ficou parada ali, deixando ser lavada pela água translucida. Observei-a por mais alguns segundos e então peguei uma bucha fofa e rosa de uma prateleira de acrílico que está presa na parede as minhas costas; peguei também um frasco do tamanho da minha mão, contendo sabonete líquido com cheiro de cereja e chocolate. Molhei a bucha e exprime o frasco em cima desta, coloquei o frasco de volta na prateleira. E com a mão direita fechei as torneiras – Quer que eu comece pela parte da frente do seu corpo ou pela detrás? -. Fiquei fazendo espuma na esponja, enquanto Antonieta me olha ainda com certo pudor, sorri pacientemente a espera da resposta, pois não irei fazer nada sem que ela realmente diga que quer que eu faça.
-Pela detrás, por favor-. Dessa vez ela não hesitou em dizer o que quer.
Estou começando a desconfiar de que Antonieta tem uma personalidade forte e decidida, talvez a está escondendo de mim, com receio que eu a ache despudorada ou coisa do tipo.
-Vire-se e puxe o cabelo para frente. Não quero ensaboá-lo com sabão líquido-. Ela enrolou o cabelo num rabo de cavalo e o colocou pra frente; virou-se de costas pra mim dando-me o prazer de admirar suas nádegas firmes e redondas. Ah! E suas encantadoras sardas, que descem pelos seus ombros estreitos até o começo de seu bumbum.
Posicionei-me atrás dela e comecei a passar a bucha pelos seus ombros, esfregando muito gentilmente, para não causar-lhe nenhum desconforto. O que eu sinceramente acho estar tendo um efeito bem diferente de qualquer tipo de desconforto. Pelo simples fato dela estar ofegante com as mãos na parede e mais quieta que o normal. Desci a bucha pelo meio das suas costas a fazendo arquejar pra frente; esfreguei mais um pouco suas costas e então passei a esfregar sua nádega esquerda e depois à direita e então no meio destas até sua feminilidade.
-Ahhh! Marc, isso é tão embaraçoso- Sorri maliciosamente ao vê-la me olhar por sobre o ombro, totalmente corada de vergonha e excitação. Aproximei-me mais do seu corpo e fiquei na ponta dos pés para beijar-lhe a bochecha direita, enquanto passo a bucha rosa pelo lado direito da sua cintura até a sua vagina. Comecei a esfrega-la vagarosamente e então parei para passar a bucha da mão direita para a esquerda. Com a mão direita livre comecei a acariciar lhe o clitóris – Achei que fossemos tomar banho, Marc-. Ela novamente me olhou por sobre o ombro, com os lábios avermelhados entreabertos; aquele olhar verde e tão vivo, me deixou louca de vontade de vê-lo sucumbir de prazer sexual.
-Um banho a dois só é divertido se você ‘‘brincar’’ com sua parceira. Neste caso você é minha parceira e eu quero muito brincar com você, mas só brincarei se você realmente quiser. E então você quer? -. Ela balançou a cabeça que sim rapidamente e desviou o olhar para o azulejo bege na parede a sua frente; eu gostaria de olhar-lhe o rosto enquanto dou-lhe o mais puro prazer, mas o que eu vou fazer agora não me permite olhá-lo, pois é preciso que ela continue de costas pra mim.
Continuei acariciando seu clitóris e sutilmente, sem assusta-la passei a bucha pela sua barriga reta até seu seio esquerdo e comecei a esfrega-lo totalmente e depois somente o mamilo. Antonieta já não consegue mais conter os gemidos de prazer, dando-me o prazer de ouvir sua doce voz gemer por causa das minhas mãos. Entre os seus gemidos eu posso ouvir nitidamente meu nome ser pronunciado roucamente. O que está me deixando muito excitada.
Parei de acariciar seu clitóris e desci a mão até a entrada de sua molhada vagina. Gentilmente e bem devagarzinho introduzi o dedo indicador na sua ‘‘caverna’’ quentinha e molhada. Antonieta encostou a cabeça na parede e começou a respirar pela boca, como se respirar apenas pelo nariz não basta para levar ar aos pulmões. Acariciei seu ponto ‘‘G’’ e a ouvi arfar e soltar um gemido lânguido e tão sensual aos meus ouvidos que eu acariciei ainda mais seu ponto ‘‘G’’. Ela empinou a bunda na minha direção e eu me posicionei bem atrás dela, para que sua bunda roce em mim enquanto ela se movimenta de prazer.
Retirei o dedo indicador de dentro dela, somente para esfrega-lo no meu dedo do meio e enfiar os dois, com o maior cuidado para não machuca-la; ela gemeu alto e disse meu nome completo. Beijei suas costas e comecei a movimentar os dedos dentro dela. E depois como um pênis, comecei a tira-los e a enfia-los juntos e separados, para dar-lhe o máximo de prazer. Diminuindo e aumentando o ritmo diversas vezes.
-Marc... Eu... Eu... Vou... -. Aumentei o ritmo dos movimentos e aproximei o rosto o mais perto do seu.
-Diga! -. Ela me olhou por sobre o ombro, os olhos marejados de volúpia e prazer. Ela está tão suada e vermelha que realmente se parece com uma elfa para mim.
-Eu vou gozar... Ahhh!- Senti um líquido viscoso escorrer pelos meus dedos até minha mão, retirei-me de dentro dela e olhei o líquido meio esbranquiçado nos meus dedos e na minha mão. Ela se virou pra mim e ficou ainda mais vermelha ao ver seu orgasmo em minha mão – Marc... -. Enfiei os dois dedos que eu havia enfiado dentro dela, dentro da boca e os chupei vigorosamente, como se fosse um pênis que havia entrado em erupção, o gosto do seu orgasmo me deixou excitada e com muita fome, de sexo. Antonieta arregalou os olhos e entreabriu os lábios como se fosse dizer algo, mas não disse então eu novamente me aproximei dela, ainda me deliciando com seu orgasmo em meus dedos. Seus olhos seguem o movimento de entra e sai dos meus dedos, o que a deixa parecida com uma criança curiosa e ao mesmo tempo surpresa. Tirei os dedos da boca e sorri maliciosamente para Antonieta, que continua me olhando surpresa, dei uma leve risadinha que a fez corar de vergonha.
-Você é linda, minha elfa, ainda mais com as bochechas coradas! – Ela riu envergonhada e de súbito, sem que eu esperasse me beijou os lábios como fez da primeira vez, quando estávamos na praia. Afastou um pouco o rosto do meu e ficou me olhando nos olhos, sorri erguendo os lábios em direção aos seus, para dar-lhe todo acesso de que precise. Ela novamente pressionou os lábios nos meus e então depois de alguns segundos pareceu encher-se de coragem para invadir minha boca com sua língua quente e suculenta, não dei resistência alguma a ela; deixei-a brincar com minha língua e com os meus lábios. Eu sinceramente achei que Antonieta fosse inexperiente neste quesito, mas pelo visto eu me enganei, pois ela sabe muito bem comandar um beijo. Mas será que sabe comandar o ‘‘sexo’’? Ou seja, a minha vagina? Ela parou de me beijar e sorriu envergonhada – Nossa! Você beija muito bem, parece até ter tido aulas particulares de como beijar-. Rimos animadamente da minha piada e abrimos as torneiras para terminar de tomar banho, desta vez um banho normal de duas amigas íntimas.

Antonieta depois de tomar banho comigo resolveu ir descansar um pouco no seu quarto antes de descermos para jantar. Eu não fiz objeção sobre isso, até por que eu também estou cansada. Deitei na cama, me cobri com um fino lençol de seda lilás e logo peguei no sono.


Bati na porta do quarto dela, mas ela não respondeu então eu entrei, pois a porta está destrancada. Olhei ao redor para ver se Louis não está aqui e então fechei a porta sem fazer barulho, para não acordá-la. Aproximei da cama e admirei Marc Farell dormindo tranquilamente na enorme cama de casal, gostaria de deixa-la assim, dormindo. Mas sua mãe quer vê-la antes do jantar ficar pronto. Pensei em chama-la, mas tive uma ideia melhor. Puxei o lençol fino de seda lilás do seu corpo e subi na cama como uma verdadeira gata faria e me posicionei no lado vago na cama, inclinei-me perto do seu rosto e lhe beijei a bochecha direita, ela sorriu, mas não pareceu estar começando a despertar, então eu beijei a ponta do seu nariz, ela balançou a cabeça rindo, mas ainda dormindo e com certeza sonhando. Inclinei-me novamente e beijei seus lábios, ela abriu os dela e eu acabei aprofundando o beijo que era para ser apenas um selinho. Eu me afastei para buscar mais ar e Marc disse:
-Por que se afastou Louis? – Olhei-a e percebi que ainda está dormindo e sonhando com Louis, fiquei um pouco magoada e com os olhos cheios de lágrimas, mas não as deixei sair, pois Marc começou a acordar. Sai da cama rapidamente e fui para perto da porta, fingir que estou chegando agora. Ela me olhou sorridente e com uma cara de sono, esticou-se como uma gatinha manhosa e então se sentou. Aproximei-me novamente e sentei na beirada da cama e um pouco longe dela – Boa noite, minha elfa gostosa! – Sorri envergonhada e já começando a corar por causa do apelido íntimo que ela me deu; não que eu não goste, é que é íntimo demais para ser dito assim... – Não acredito que ainda está tímida comigo – Ela se aproximou de mim engatinhando e então se sentou na minha frente sorrindo como se minha presença é tudo que lhe importa agora – Nossa! Você está cheirando a chocolate e cereja, que vontade de come-la – Ela fez uma cara de quem está com muita fome e lambeu os lábios, me deixando mais envergonhada ainda, pois eu sei muito bem como ela quer me comer. Ela aproximou o rosto do meu pescoço e começou a beijá-lo com tanto veemência que me fez perder o fôlego e ter que abrir a boca para respirar melhor – É realmente muito saborosa-. Ela tirou os lábios do meu pescoço e começou a beijar meu lábio, como se fosse alguma comida, me afastei para respirar e também por que me lembrei do por que de estar aqui.
-Marc, sua mãe quer vê-la antes do jantar, numa sala chamada de ‘‘verde esmeralda’’-. Ela me olhou séria e meio nervosa, pensei que brigaria comigo por não ter dito assim que acordou, mas não.
-Bom, acho melhor eu ver o que ela quer, depois nos encontramos para o jantar- Marc se levantou, me roubou um selinho e foi em direção ao closet, mas antes de entrar se virou e disse maliciosamente – Ahh! E não se esqueça de que vai dormir comigo hoje à noite! -. Ruborizei intensamente ao me lembrar do que ela havia me prometido na praia, achei que ela nem se lembrasse destas coisas, mas pelo visto ela tem uma memória muito boa.
Levantei da cama e sai do quarto de Marc indo em direção ao meu, assim que cheguei ao meu quarto liguei para o último número que havia me ligado. Charllote atendeu, disse-lhe que Marc estava se arrumando para logo em seguida ir vê-la, por incrível que pareça ela me agradeceu por ter avisado a sua filha.


Coloquei uma calça de brim em estilo boca de sino, preta, por mais incrível que pareça eu tenho algumas calças e esta é minha favorita, coloquei uma blusa em estilo mulet de seda estampada com flores de lótus num galho e coloquei uma botinha vermelha escura de cano curto com spikes dourados nas laterais. Prendi o cabelo num rabo de cavalo desgrenhado e resolvi não passar nenhuma maquiagem, só para deixar Charllote com inveja da minha pele perfeita.
Cheguei até a sala ‘’verde esmeralda’’ e entrei já que as portas duplas brancas estão totalmente abertas.
-Que bom que veio-. Vovô, quer dizer Victoria falou com uma ironia que me fez assentir educadamente e sorrir polidamente sem demonstrar minha vontade de lhe responder a altura. Charllote apontou uma cadeira em frente a sua mesa branca de escritório, em estilo vitoriano, é claro, como todo o resto dos móveis presentes nesta sala; sentei na cadeira mais parecida com uma obra de arte de museu.
-Já está sabendo da minha festa no final do mês, não é mesmo? – Assenti que sim olhando diretamente nos olhos cinza claros dela, ela rapidamente desviou o olhar para algo qualquer em cima da sua mesa e depois me encarou, tentando parecer mais ‘’poderosa’’ diante de mim; o que quase me fez rir – Quero que você e Antonieta sejam as minhas ‘‘recepcionistas’’, por assim dizer. Vocês ficarão encarregadas de receber, entreter e acompanhar os meus amigos casados e solteiros com mais de quarenta e cinco anos-. Assenti que sim mesmo sabendo que ela não quer uma resposta, que só está apenas me avisando sobre que eu farei. Bom ao menos Antonieta estará comigo, isso já me ajuda bastante, mesmo ela nunca tendo estado neste tipo de festa, ainda sim me servirá como companhia.
-Não tem ai uma lista com o nome deles pra mim e Antonieta já irmos decorando? - Ela tirou um papel de dentro da gaveta e colocou sobe a mesa na minha frente, o peguei e comecei a ler os nomes, foi quando li Henry Bernard. Olhei Charllote que continua com seu olhar e postura altivos – Henry estará aqui? -.
-Sim, pois sei que ele gosta bastante de você e acho que você também não lhe é indiferente, não é mesmo? -. Sorri meio envergonha, lembrar dele me faz tão bem e me deixa com calor.
-É eu não sou... -.
-Mandou me chamar, Charllote? – Droga! Será que ele ouviu? – Ah! Desculpem-me interromper a conversa... -. Charllote ficou de pé rapidamente, mesmo estando em um vestido justíssimo de cor roxa escura e estilo moderno e decotado. Ela foi se encontrar com Louis que parou a certa distância de sua ‘‘mesa’’.
-Não se preocupe não interrompeu nada! – Charllote alegremente o segurou pela mão e o fez sentar na cadeira ao meu lado e voltou ao seu posto, quer dizer ''poltrona reluzente de rainha''. Louis olhou-me de soslaio e sorriu como um pai atencioso – Querido, eu quero que você fique encarregado de recepcionar as minhas amigas solteiras-. Charllote não fez uma pergunta de fato, até por que tudo o que ela diz geralmente é mais uma ordem ou um aviso do que deve ser feito, como se só ela pudesse mandar. Coitada, nem sabe que o homem ao meu lado que ela tanto diz amar, me obedece tão bem quanto um cachorrinho adestrado.
-Como quiser, mas se Jacqueline ficar bêbada eu não me encarregarei dela, pois da última vez aquela sua amiga tentou me atacar, por sorte desmaiou de tão bêbada que estava-. Ri junto com Louis, eu me lembro daquela mulher bêbada, saiu até numa revista de fofocas. Charllote fechou a cara bem maquiada, o que nos fez parar de rir, ela realmente não gosta de pagar vexame e olha que aquele foi muito bem noticiado pela mídia que ela tanto ama.
-Ela não está na lista- Charllote tirou outro papel de dentro da gaveta e entregou a Louis, pra ele ela faz questão de entregar na mão. Louis apenas deu uma olhadela rápida no papel e sorriu galante para Charllote, que parece ter se ‘‘derretido’’ dentro do vestido de marca – Bem obrigado por aceitarem me ajudar- Olhei pra Louis que também me olhou igualmente surpreso, Charllote não é de agradecer, o que será que está acontecendo com ela? – Se quiserem podem ir para sala oval, o jantar já está pronto. E não precisam esperar por mim e por mamãe, temos que terminar de organizar a festa-. Eu e Louis concordamos com ela ainda meio incrédulos pela mudança repentina de Charllote. Pedimos licença, nos levantamos e saímos.
No corredor andando ao lado dele fiquei meio tensa, pois estar sozinha com ele não é mais ‘‘seguro’’.
-Espero que ela esteja tomando os remédios- Louis disse isso vagamente e depois me olhou, percebendo que eu estava prestando atenção –Isso não é muito importante, mas Charllote fica meio estranha quando não toma seus remédios. Mudemos de assunto, posso ver sua lista? -. Eu deveria tê-la dobrado e enfiado dentro de um dos meus bolsos, mas não tive outra opção a não ser entrega-la a ele. Ele pegou o papel de carta da minha mão e leu atentamente, mas parou de andar assim que leu o nome de Henry. Seu olhar sobre mim foi de irritação pura, não que esteja irritado comigo, mas com Henry e talvez com Charllote por tê-lo convidado especialmente para mim.
-Você pediu para ela convidá-lo? - Ele balançou o papel diante dos meus olhos, me mostrando o nome de Henry; peguei o papel para não correr o risco de ele rasgá-lo. Balancei a cabeça que não olhando diretamente em seus olhos azuis, que parecem estar queimando de fúria –Não quero que se aproxime dele, a não ser que tenha outras pessoas ao redor. Não quero que fique sozinha com ele em hipótese alguma ou haverá consequências! -. Arregalei os olhos de espanto com o ataque repentino dele, o pior é que ele pareceu estar falando muito seriamente.
-Louis acalme-se! Eu não tenho mais nada com ele-.
-Então por que disse a Charllote que não é indiferente a ele!? -. Ele está se controlando para não gritar, mas eu não posso me dar ao luxo de correr esse tipo de risco, pois ainda estamos muito próximos da sala de Charllote. Olhei ao redor e vi uma porta no final de outro corredor em que estamos próximos, segurei a mão dele e o puxei para aquele cômodo. Fechei a porta ao entrarmos e encostei-me a porta, para ganhar tempo para pensar. Louis está andando de um lado para o outro esperando pela resposta e ainda furioso por causa de Henry.
-Por que era isso que ela queria ouvir ou queria que eu dissesse que tenho um caso com o marido dela? O que você acha, em? -. Olhei atentamente nos olhos dele, ele deu de ombros, mas virou-se de costas pra mim. Homens! São todos muito infantis e ciumentos demais, pelo amor de Deus! Dobrei a maldita lista com o nome dos convidados homens e guardei no bolso direito e traseiro da minha calça. Desencostei da porta e fui em direção a ele, o abracei pelas costas e encostei a face nela, posso até ouvir as batidas agitadas do seu coração.
-Perdoe-me por ficar tão alterado, mas você sabe como eu fico quando se trata de você- Sussurrei ‘’eu sei’’ e me soltei dele. Ele se virou e segurou-me pelos ombros; suas mãos acariciaram a seda da minha blusa e então lentamente desceram pelos meus braços até suas mãos estarem segurando as minhas com tanto cuidado e afeto que me fizeram ficar ruborizada e meio sorridente por ele me tratar com tanto amor, um amor que talvez eu não saiba retribuir – Ah! Marc eu te amo tanto, mais tanto, que... -. Ele me olhou, a face meio arrependida e triste, mas não terminou a frase, o que me deixou curiosa. Será que ele teria coragem de se divorciar de Charllote para ficar comigo?
-Vai me beijar agora? – Ele sorriu meio agradecido por eu não o tê-lo questionado e se curvou um pouco para me dar acesso aos seus lábios, fiquei na ponta dos pés para alcança-lo e então devorar aquela bela e sensual boca que ele tem. Passei os braços em torno do seu pescoço e senti seus braços se envolverem em torno da minha cintura fina. Ele acariciou as minhas costas com a ponta dos dedos, me fazendo arrepiar e arquejar em sua direção, mas então eu parei de beijá-lo para poder retomar o fôlego – Nossa! Estou morrendo de fome, que tal irmos jantar? E depois quem sabe... -. Segurei-o pela lapela do paletó cinza escuro ao dizer a última frase e mordi o lábio para dar ênfase ao que eu quero fazer com ele depois do jantar. Ele sorriu parecendo adorar a minha ideia erótica e proibida.
-Por mim tudo bem, mas depois eu quero você só pra mim-. Sorri gostando da ideia e me lembrando de que prometi a Antonieta que ela dormirá comigo está noite. Bem, a noite é grande, então terei bastante tempo para os dois! Louis e eu nos beijamos mais uma vez e então saímos do cômodo que me pareceu ser um daqueles quartos de guardar coisas que não se usa mais. Mas antes de ir para a sala oval, fui buscar Antonieta para jantar com a gente.

Depois do jantar tive que dizer a Antonieta que tinha que fazer algumas coisas antes de dormir e que se ela quisesse já poderia ir para eu quarto me esperar lá; ela muito ruborizada respondeu que iria me esperar em meu quarto. Dei-lhe um beijo na bochecha antes de ir para o quarto de Louis, gostaria de ter lhe dado um beijo bem demorado e de língua, mas estávamos em um dos corredores da mansão e eu não podia correr o risco de alguém nos ver.

 

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