Páginas de papel magnético...

29 de abril de 2012

Henry Bernard - parte 4

O belo restaurante estava cheio de gente, mas por sorte tinhamos uma mesa reservada quase que no centro daquele belissímo lugar. Tudo naquele lugar brilhava, desde os talheres de prata aos azulejos rosados com detalhes azuis. Sentamos. Mamãe estava se sentido muito feliz, ela adora lugares luxuosos como aquele, e ela adora estar com o luxo em si, pelo menos é o que diz seu vestido floral da dior, seus brincos de diamante e o colar também de diamante com sáfiras ornamentando com os brincos; Louis também estava impecável naquela blusa social azul-escura, que combinava perfeitamente com a calça de cor preta. -Olá meu velho amigo, você continua jovem como sempre- Havíamos nos levantado para cumprimentar aquela figura de homem charmoso e engraçado -Então é você, a famosa Marc Farell; seu pai tem toda a razão de dizer que você é a garota mais linda da terra!- Charllote não gostou muito do comentário dirigido a mim e não a ela, mas continuou sorrindo -Podem me chamar de Henry ou se preferirem Bernard. Não quero atrapalhar a refeição de vocês, então é melhor eu ir! -.
-Por que não se senta, assim podemos colocar os negócios em dia-. Eles riram, a única que não estava gostando muito daquilo era Charllote. Henry se sentou ao meu lado e chamou o garçom; ele deveria ter uns 40 anos, seu porte jovial e atleta me chamou a atenção, tinha olhos sedutores e engraçados. O garçom colocou vinho para os adultos, e quando ele foi colocar na minha taça.
-Ela não pode, beber vinho, traga um suco de morango-. Ele logo se foi. Henry me olhava constantemente, ele queria conversar comigo, mas percebeu que Charllote responderia por mim. Logo o jantar foi servido, não sei o que era, mas era muito bom; Charllote sempre dava um jeito de se enfiar na conversa deles, mesmo não entendendo metade do que diziam, não me contive e ri baixinho, Henry logo me olhou.
-Não deve estar entendendo nada, não é mesmo? - Apenas lhe fitei os olhos pretos -Louis me disse que você toca piano, e toca muito bem. Tocaria pra mim algum dia desses? -. Essa Charllote não podia responder, mas sinceramente eu preferia que ela responde-se, ela me ensinou apenas a ficar calada, o que eu diria.
-Sim-. Ele sorriu, Louis me olhava discretamente, pude perceber uma pontada de ciúme em seu sorriso.
-Você poderia almoçar com a gente amanhã, se não tiver outros compromissos, claro-. Charllote já havia arquitetado todo plano pro nosso encontro, eu não deveria chamar de encontro, é mais um pequeno concerto de piano, pra uma pessoa, apenas.
-Que sorte a minha, não tenho nenhum compromisso amanhã- Ele me olhou feliz -Quem sabe você não me ensine a tocar. E então senhorita Marc, qual será sua profissão daqui alguns anos? -. Cruzei as mãos em cima da perna, ele percebeu meu nervosismo.
-Não pensei nisso, ainda- E por que pensaria no futuro, se eu não tenho nem o agora -O senhor tem família? -. Charllote arregalou os olhos, Louis apenas sorriu discreto, fiquei olhando diretamente pra ele, queria saber se era casado, mas não posso perguntar desse jeito.
-Bom, eu não sou casado e não tenho nenhum filho -Talvez seja sorte, mas não sorri -O que você gostaria de comer pra sobremesa? -. Ele me olhou com tanto introsamento que acabei sorrindo timidamente.
-Escolha você-.
-Você gosta de bolo, Marc? -. Balancei a cabeça que sim, ele chamou o garçom e disse o nome de um bolo, não sei qual era, meus pais pediram o mesmo. O garçom logo trouxe o bolo; fiquei encantada com a decoração do prato, um jardim chinês resplandecente; o bolo estava uma delícia, era de chocolate, mas tinha um pouco de tempero de canela e pimenta-doce, o que o deixava com um gosto exótico e excitante.
-Nos vemos amanhã, às 11:00h, não se esqueça! -. Disse Charllote a Henry antes de entrar na limusine; dessa vez não sentei no meio deles, debrucei na janela e fiquei pensando no que eu iria tocar pra ele.




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