Páginas de papel magnético...

10 de maio de 2012

Beijos apaixonantes - parte 7

É duas horas da madrugada e alguém está andando em frente a porta do meu quarto, parece indeciso em entrar ou não em meu quarto, sentei na cama e aguardei-o cheia de expectativa.
Cinco minutos se passaram e ele resolveu entrar, dessa vez ele não me parece calmo, mesmo no escuro, eu posso ver sua expressão. Louis se aproximou da minha cama e sentou na beirada dela, olhou-me sério, como se fosse um verdadeiro pai.
-O que ele queria com você? O que vocês fizeram enquanto não estávamos aqui? -. Ele está nervoso, mas não alterou a voz calma e aveludada que ele possui.
-Ele veio me ver, e nós apenas conversamos-.
-Não parece que aconteceu apenas isso, você estava nervosa quando ele estava indo embora, diga a verdade, o que aconteceu entre vocês? -. Eu abaixei a cabeça, não queria discutir com ele a respeito de Henry. Louis sentou na minha frente, fiquei com receio e excitação de acontecer o que acontecera na noite passada.
-Não aconteceu nada entre eu e Henry. Agora saia do meu quarto por favor! -. Ele sorriu não acreditando nas minhas palavras, mas nem eu mesma acredito nelas; ele logo ficou mais calmo me olhando, sempre gostou do meu olhar, enigmático e silencioso.
-Não consigo me afastar de você, não quero me afastar de você, Marc! -. Ele agarrou-me quando eu ia sair da cama e me puxou novamente para ela, me fazendo deitar, eu não sou forte, portanto nunca conseguiria fugir dele, mas talvez eu não queira. Ele colocou uma das pernas em cima das minhas belas pernas, e apoiado em seu cotovelo esquerdo me olhou nos olhos, ele está feliz e eu não quero estragar sua felicidade, na verdade quero aumenta-la mais, mesmo que ela seja torpe e imoral.
-Por que está fazendo isso comigo, papai? -. Enfatizei bem a palavra ''papai'' e ele sorriu, tirou uma mexa de cabelo que caíra em meu olho a colocando atrás de minha orelha, como é bom sentir seus dedos quentes em minha pele, isso me deixa corada e com vontade de ronronar como uma gata.
-Ainda não fiz nada a você, mas se eu fizer é por amor que eu estou fazendo, por amar você Marc! -. Virei o rosto satisfeita por me sentir amada, mas ele me forçou a olhar em seus belos olhos azuis, ele sorri como um adolescente ao encontrar a namorada e isso só faz meu ego crescer e minha expectativa também.
-Se me ama, me deixara dormir-. Ele continua sorrindo, só que com malicia no olhar, bem esse seu jeito está me tentando, mas eu não vou deixar transparecer em meu rosto, não quero dar-lhe o prazer de ganhar-me tão facilmente.
-Posso dormir um pouco com você? -. Ainda bem que ele não é meu marido, pois se eu fosse Charllote o mataria por se deitar com outra, mesmo que não vá acontecer nada.
-Com tanto que você me deixe deitar corretamente-. Ele fingiu pensar e balançou a cabeça que sim; tirou a perna das minhas, e ficou sentado me olhando deitar. Enfiei-me sobre os lençóis e ele se enfiou também, me puxou pela cintura e apertou-me carinhosamente contra seu corpo másculo e forte, seu calor misturou-se ao seu perfume caro e me deixou inebriada e excitada; se Charllote soubesse que tenho o amor de seu marido, me mataria quando ele estivesse longe.
-O que eu tenho que é tão melhor que Charllote? -.
-Você é pequena, linda e delicada, Charllote é bonita e tão auto-confiante que não me deixa falar, você eu posso proteger, ela tem a mãe para protege-la, você não grita comigo quando quer algo, ela se exalta quando não consegue o que quer; você é enigmática e misteriosa, Charllote publica sua vida todas as semanas nos jornais, você é perfeita sem querer e ela precisa de tudo pra se sentir perfeita, mas nunca vai conseguir! - Ele riu e eu deslizei de seus braços pra fora da cama, em um de meus muitos joguetes. Ele se sentou com medo que eu fugisse, fiquei em pé a fitar seus olhos que percorrem pelo meu corpo branco e frágil, mas já adulto para minha pouca idade. Meus olhos azuis brilham no escuro como os dele, ele sempre me encantara com sua máscula aparência, nunca tivera se quer um fio de cabelo branco, mesmo com um trabalho tão exaustivo e corriqueiro. E novamente ele ficara excitado por causa da minha camisola curta e quase transparente, que mostra muito mais do que deveria, mas eu a adoro por que ela é deste jeito.
-Deite ao meu lado Marc, está frio e você está com os pés descalços nesse chão, vai pegar um resfriado e ter que ficar com sua vó e eu não quero que isso aconteça! -. Ele estendeu a mão pra mim, em um convite libidinoso que me deixou extasiada, hesitei por alguns segundos em segurá-la de imediato, mas não quero ficar resfriada e ter que ir pra casa da mãe de Charllote, não mesmo, então a segurei e deixei ele me conduzir de volta para a cama, mas Louis não quer simplesmente dormir. Ele deitou-se sobre mim, mas não me reteve o ar, mas me deixou quente e nervosa ao sorrir alegremente excitado. Sim, eu já sinto seu membro duro roçar sobre minha fina camisola. Ele aproximou o lábio de meu pescoço e começou a beijá-lo suavemente, mas logo intensificou os beijos quentes e excitantes e eu não consegui segurar os gemidos roucos de puro deleite, ele parou de beijar meu pescoço e me olhou sorridente, sorri timidamente por estar gostando de seus atos, nada corretos para um pai adotivo.
Louis acariciou meu rosto com a ponta dos dedos e foi descendo-os pelo meu pescoço, deixando-me com a respiração acelerada; ele os desceu até meu seio, mas eu lhe segurei a mão, isso eu não deixaria ele fazer, ao menos ainda não.
-Se tentar fazer isso de novo, irei gritar! -. Ele me olhou ainda com seu olhar excitado.
-Se eu lhe tampar a boca ninguém irá ouvi-la! -. Me assustei e fingi que ia gritar, ele me beijou, sua língua invadiu minha boca, quente e sedenta, mas acabei mordendo seu lábio e ele se afastou rapidamente e sorrindo disse:
-Nunca irei machucá-la e não precisava me morder-. Ele riu ao fim da frase, fiquei séria e me levantei da cama, estou um pouquinho nervosa comigo mesma. Parei em frente a grande janela transparente do meu quarto.
Tudo é tão frio em minha vida, mas ao lado dele ela pode ser quente e agitada, mas mesmo assim eu ainda tenho receios, não quero acabar com o casamento de ninguém, portanto vou tentar parar antes que tudo dê errado.
-Saia do meu quarto! - Ele se aproximou, mas eu não virei -Não posso continuar e não vou. Charllote precisa de você mais do que eu e ela lhe ama como uma mulher. Esqueça-me e viva sua vida sem mim! -. Foi tão difícil pronunciar tais palavras, mas eu tive que dize-las. Ele está triste, posso ver isso no seu reflexo no vidro a minha frente. Talvez esteja se perguntando do por que deu estar fazendo isso com ele.
Vi através do reflexo no vidro, ele sair do meu quarto e fechar a porta, talvez não ouse tocar-me novamente e assim quem sabe eu não pare de me apaixonar.




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