Páginas de papel magnético...

20 de maio de 2012

Me acompanhe, pra sempre... - parte 8

Louis não conseguia demonstrar mais alegria e Charllote estava se exaltando cada vez mais com ele, mas ao invés de vir ao meu encontro depois das brigas, ia se esconder na biblioteca pois sabia que ela não entrava lá, nem arrastada.
-Mamãe posso visitar o senhor Henry, no restaurante? -. Fiquei em pé, enquanto ela estava sentada confortávelmente em uma das cadeiras da grandiosa varanda; ela me olhou por cima dos óculos e com seu atraente sorriso felino disse:
-Leve Antonieta com você, ela agora é sua ama, e como estamos de partida amanhã, eu e Louis iremos ao teatro e depois iremos jantar em algum restaurante fino e novo, chegaremos um pouco tarde, se quiser convidar Henry para lhe fazer companhia, tem minha permissão e não conte a Louis, tudo bem querida? -. Ela me sorria, mas apenas por que iria sair com Louis e não me levaria junto e concerteza ela iria seduzi-lo e leva-lo a outro hotel.
-Obrigada mamãe, e não irei contar nada ao papai. Posso ir agora, vê-lo? -. Ela acentiu que sim e sorriu, sorri-lhe alegremente e sai a procura de Antonieta, que estava na cozinha e se surpreendeu com minha ida até ela. Disse-lhe que era minha ama e que iria comigo até o restaurante, mas não iria como minha ama, iria como minha amiga e se quisesse poderia pegar um de meus vestidos pra ela, já que ela tinha apenas roupas de camareira, ela aceitou com um belo sorriso.
Fiquei nervosa quando a limousine parou em frente ao restaurante, não parecia haver muitas pessoas, o que seria bom, mas e se ele não estivesse? Antonieta pediu ao motorista que nos esperasse perto dali, e me olhou como se perguntasse ''Vamos?'', era uma pergunta simples, mas de diferentes resultados. Entramos, logo vi ele, estava vestido perfeitamente para o dia lindo que estava fazendo, meu coração batia forte; Antonieta me conduzia calmamente por entre as mesas; ele nos viu e ficou surpreso, mas logo se alegrou ao ver Antonieta e não Charllote, teriamos mais tempo para conversar; sentamos em um canto tranquilo e perfeito pra um encontro discreto.
-Olá Marc! - Ele sorria alegremente parecia estar olhando prum anjo -Que bom que está aqui, achei que nunca mais a veria. Fiquei sabendo que você parte amanhã, e pra ser sincero ficarei com muitas saudades de você-. Ele havia se sentado na minha frente, eu apenas lhe fitava os olhos gentis e temerosamente tristes, sorri-lhe tímida e feliz por vê-lo.
-Oi senhor Henry, seu chef ainda faz aquele bolo de chocolate? -Ele acentiu que sim, olhei pra Antonieta- Está é Antonieta, minha amiga-. Ele apertou sua mão.
-Prazer em conhecê-la Antonieta; preferem chocolate quente ou suco? -. Sorrimos uma pra outra.
-Suco e chocolate quente-. Ele se levantou, fez uma pequena reverência e se foi pra dentro da cozinha; Antonieta olhava pra janela, pensei que estava procurando alguém mas, não; estava a observar um helicóptero que pousava em cima de um prédio, parecia hipnotizada com os movimentos daquela engenhosa máquina voadora.
-Antonieta- Ela se virou pra mim, sorri -Quer me acompanhar nas viagens? Ser minha protegida, até resolver fazer algo diferente, como pilotar aeronaves? -. Ela sorriu feliz com minha proposta, e balançou a cabeça que sim.
-Sim, mas e seus pais? Eles irão permitir? -. Sorri alegremente, finalmente conseguira uma companhia pra minha vida.
-Não se preocupe, eles irão permitir e Antonieta eu irei pagar tudo o que você precisar e quiser, peço apenas sua fidelidade e sua amizade, tudo bem Antonieta? -. Ela sorriu tão feliz que acabou me abraçando e eu a retribui.
-Muito obrigada Marc, serei sua fiel amiga, não importa o que aconteça eu nunca a trairei-. Sorri agradecida, agora serei um pouco mais feliz mas, ainda falta uma coisa.
-Depois iremos fazer compras-. Henry fez questão de nos servir; e como sempre o bolo estava ótimo, eu e Antonieta pareciamos duas crianças se divertindo sem a guarda dos pais. Quando haviamos acabado de comer nosso sublime lanche eu disse:
-Senhor Henry- Ele olhou-me triste pois já estavamos de partida -Irá sair hoje à noite? -. Ele sorriu, perecia estar lendo meus pensamentos.
-Não-. Sorri alegre e encantadoramente jovial.
-Quero convidá-lo para ir me visitar; meus pais estarão fora jantando e não quero ficar sozinha hoje a noite-. Ele segurou minha mão e sorridente a beijou.
-Será um prazer fazer-lhe companhia, a que horas devo estar lá? -. Antonieta apenas nos observava, parecia pensar enquanto nos olhava sorridente.
-Às nove horas, não se esqueça; até lá, então! -. Beijei seu rosto, ele não teve tempo pra mais nada pois, eu puxei Antonieta pra dentro do carro e o motorista se foi lentamente pela rua movimentada. Eu apenas o vi com a mão na bochecha, sorrindo e depois entrando no restaurante.
Nosso resto do dia fora tranquilo e animado, fizemos compras, contamos histórias de nossas vidas, Antonieta me contou que tem uma paixonite por homens de cinquenta anos, disse a ela que a ajudaria à arrumar um marido. A noite chegara rapidamente e eu fiquei nervosa; se Antonieta não tivesse me ajudado a me arrumar eu iria ficar parada na frente do espelho, apenas pensando em Henry. Charllote não perdeu tempo e levou Louis para o teatro.










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